sexta-feira, 2 de julho de 2010

Para delegado, promessa de recompensa prejudica investigação por Eliza

A iniciativa de Luiz Carlos Samudio, que ofereceu por intermédio do seu advogado Jader Marques, uma recompensa de R$ 5 mil a quem colaborar com informações que possam ajudar a Polícia Civil de Minas Gerais a encontrar sua filha Eliza, ex-namorada do goleiro Bruno, pode prejudicar as investigações.

A avaliação foi feita pelo chefe do Departamento de Investigações, Edson Moreira, em entrevista coletiva, nesta quinta-feira. O policial teve cautela ao criticar a medida, fazendo questão de enfatizar que se trata de um direito dele.

“Estamos em um país democrático. Entendo que isso não é correto, mas é direito dele”, comentou Edson Moreira, para emendar, em seguida: “No meu ponto de vista, atrapalha as investigações”.

O delegado mineiro considera que as investigações estão evoluindo satisfatoriamente a cada dia, visando esclarecer as circunstâncias do desaparecimento da ex-namorada de Bruno, jogador do Flamengo. Ao falar sobre os próximos passos dos trabalhos policiais, Edson Moreira disse que o primeiro deles é “sempre procurar a localização de Eliza”.

A Polícia Civil mineira considera que Eliza está desaparecida desde o dia 9 de junho, quando uma testemunha revela ter conversado por telefone com a ex-namorada de Bruno. Os delegados responsáveis pelo caso admitem a possibilidade que ela estivesse machucada e tenha sido coagida a conversar com uma amiga para tranquilizá-la.

Edson Moreira diz que continua acreditando ser difícil encontrar Eliza Samudio com vida, opinião que é compartilhada pelo próprio pai da jovem. Apesar disso, o caso ainda é tratado como desaparecimento, mas com indício de provável homicídio e ocultação de cadáver.

Jader Marques disse que o pai de Eliza está satisfeito com a atuação da Polícia Civil mineira, que o mantém permanentemente informado dos passos da investigação, mas acredita que o incentivo financeiro poderá fazer com que pessoas que tenham informações se motivem a quebrar o silêncio.

“Estamos em uma busca frenética pela Eliza e qualquer tipo de ajuda é fundamental”, justificou o advogado, que, a exemplo do pai dela e do delegado Edson Moreira, também não acredita na possibilidade de que a estudante seja encontrada viva. “Infelizmente, agora, possivelmente não vamos encontrá-la com vida”, destacou Jáder Marques.
Por: uol esportes

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