terça-feira, 1 de março de 2011

Após título com o Fla, Luxemburgo rebate críticos e pede cautela ao time

Contestado por alguns críticos em 2010, quando não teve muita sorte e lutou para tirar o Flamengo das últimas posições do Campeonato Brasileiro, o técnico Vanderlei Luxemburgo aproveitou a comemoração pelo título da Taça Guanabara para desabafar e responder algumas críticas.

Segundo o comandante do time da Gávea, algumas pessoas têm certo preconceito com alguns profissionais mais velhos que ainda militam no futebol. Para ele, é hora de se ter mais respeito, evitar comentários precipitados e valorizar o currículo dos mais experientes.

"Essas críticas são direcionadas, certa covardia por parte de alguns críticos. Eu acho muito engraçado: quando o Vanderlei perde, é porque está velho, está acabado, está precisando se reciclar... Ano passado foi um ano ruim pra mim, ainda sim ganhei um campeonato mineiro. Tem gente que passa uma carreira inteira e não ganha nada. É preciso ter mais respeito com a história de alguns profissionais com vasto currículo, que já venceram muito", desabafou Luxemburgo.

Além das inúmeras conquistas nos mais de 20 anos de carreira, Luxemburgo também adquiriu experiência com o passar do tempo. Acostumado com as mudanças no cenário do futebol, além da cobrança do grande público, o técnico ressalta que é importante manter os pés no chão e saber lidar com possíveis críticas em função de algum mau resultado no futuro.

"Apesar da euforia e comemoração, temos que manter o pé no chão e estar preparados para as futuras cobranças. Sabemos que o futebol é muito dinâmico e temos de saber lidar com isso", salientou, acrescentando.

"Essa é uma cultura do torcedor brasileiro: o time campeão hoje pode ser o criticado de amanhã. Com duas derrotas, podemos sofrer uma chuva de críticas. Vamos trabalhar muito para fazer a manutenção deste bom momento aqui no Flamengo", encerrou o treinador rubro-negro, que deu dois dias de folga para os jogadores. Os treinos retornam na próxima quarta-feira pela manhã no CT Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Por: Pedro Ivo Almeida e Vinicius Castro

Diego Maurício confirma interesse de clube russo, mas nega propostas

Em entrevista ao 'Bem, Amigos!', do Sportv, atacante do Flamengo afirma que ainda não foi procurado por Anzhi Makhachkala, de Roberto Carlos

O atacante Diego Maurício, do Flamengo, pode ser o próximo jogador na mira do Anzhi Makhachkala, que contratou o lateral Roberto Carlos e o volante Jucilei, ambos ex-Corinthians. De acordo com o comentarista Caio Ribeiro, o clube russo encerrou as negociações com Diego Tardelli, do Atlético-MG, sem chegar a um acordo e agora mira a revelação da Gávea.

Em entrevista ao programa "Bem, Amigos!", do Sportv, Diego confirmou o interesse do clube, mas negou que haja uma proposta oficial e afirmou que pretende continuar no Flamengo.

- Soube por alto que tinha um clube russo interessado em mim, mais ainda não chegou nada para mim. Se a proposta vier, espero que possa ser boa para mim e para o Flamengo. Mas agora eu quero permanecer e ser titular - disse o jogador.

Diego Maurício também comentou que pressentiu o gol de falta de Ronaldinho Gaúcho, que deu o título da Taça Guanabara ao Rubro-Negro, no domingo:

- Quando o Thiago Neves sofreu a falta, já senti no coração que podia ser gol. E não foi diferente. Podia ter 30 goleiros que não dava para pegar.

O atacante elogiou muito o ídolo e novo companheiro, Ronaldinho Gaúcho:

- No dia a dia ele é uma pessoa super tranquila, humilde, não coloca o lado individual acima do coletivo. Ele nos passa muita traquilidade. Mas jogar com o Ronaldinho sempre dá um friozinho na barriga. É um aprendizado, uma coisa muito importante na minha vida. Eu tinha 14, 15 anos quando ele estava no Barcelona, ver ele do meu lado, me dando instruções, é muito especial.

Por último, Diego Maurício lembrou que já conquistou seu segundo troféu em 2011, depois de fazer parte da Seleção Sub-20 que venceu o Sul-Americano da categoria:

- O pessoal ficou brincando comigo, dizendo que eu só peguei o filé, voltei perto da final. O ano começou bem com o Sul-Americano e a Taça Guanabara. Espero conseguir também o estadual e a Copa do Brasil.

Por: globoesporte.com

Zico, sobre gol de R10: 'Quando vi a barreira e o goleiro, senti que ia ser'

Especialista em faltas, ídolo elogia batida do novo camisa 10 da Gávea

Zico viu a final da Taça Guanabara pela televisão. Estava tenso com a dificuldade do Flamengo para abrir o placar diante do retrancado Boavista. Quando Thiago Neves foi derrubado na entrada da área, aos 33 do segundo tempo, o eterno ídolo rubro-negro sentiu o bom momento. Quando Ronaldinho ajeitou a bola, não teve dúvidas:

- Quando eu vi a armação da barreira e a posição do goleiro , senti que ia ser gol - comentou o Galinho na tarde desta segunda-feira, em evento para o lançamento de seus novos campos, na Zona Oeste do Rio.

Para Zico, a posição não era muito favorável. Mas o eterno camisa 10 da Gávea conhece o talento de seu sucessor. Sabia que Ronaldinho vinha treinando constantemente no Ninho do Urubu.

- Aquela posição, na verdade, nem era para um cara destro bater. Mas tanto o Ronaldinho como qualquer outro grande cobrador de falta tem de estar sempre se reinventando, para enganar o goleiro. Eu mesmo batia falta dos dois lados. E o Ronaldinho já provou que tem capacidade para isso.

O gol de falta mais importante da carreira de Zico também foi em uma final. Na decisão da Libertadores de 1981, cobrou com categoria diante do Cobreloa, no terceiro jogo, em Montevidéu (vitória rubro-negra por 2 a 0). Mas o preferido do Galinho é outro.

- Meu gol de falta mais marcante foi aquele do Cobreloa. Mas não foi o mais bonito. O que eu gosto mais é um contra o Fluminense, em 76. O Renato (ex-goleiro) tinha ido do Flamengo para o Fluminense e sabia do meu jeito de bater falta. Aí tive de ser mais eficiente. Fiz quatro gols naquele jogo. Outro muito bonito foi contra o Santa Cruz, em 1987.

O jogo contra o Santa Cruz aconteceu no dia 22 de novembro daquel ano e classificou o Flamengo para a semifinal contra o Atlético-MG. Já a partida contra o Fluminense foi válida pela Taça Nelson Rodrigues de 1976, um torneio amistoso, no dia 7 de março.

Por: Marcio Mará

'Bonde do Mengão sem freio' abre as portas para a volta de Adriano

Perto de deixar o Roma, atacante brincou com R10: ‘O presidente sou eu’

O bonde do Mengão tem espaço para a locomotiva descarrilada de Adriano. Pelo menos este é o entendimento dos jogadores. Na recente passagem pelo Rio de Janeiro, o Imperador conversou com alguns jogadores e chegou a brincar com Ronaldinho:

- Dente, o presidente sou eu.

Mas o “presidente” tem forte resistência do maquinista do trem rubro-negro (veja o vídeo do Globo Esporte sobre a comemoração do gol do título da Taça GB). Vanderlei Luxemburgo não se empolga com a chegada do jogador-problema e pode vetar a transferência. Neste caso, o Palmeiras, com apoio de Felipão, é quem se mostra mais receptivo à ideia de conviver com as indisciplinas.

Assim como em 2009, quando aterrissou na Gávea, Adriano passa por uma fase confusa na carreira. Ele pouco jogou nos últimos oito meses, não fez gol em jogos oficiais e teve três lesões importantes. A última delas o fez pedir um período para “recuperar-se” no Rio de Janeiro. Atrasado, ele voltou para a Itália na última quarta-feira sem a menor vontade de se entender com o Roma.

O Imperador recupera-se de uma cirurgia no ombro direito, mas faltou ao exame de reavaliação marcado para o último domingo. Pelo acúmulo de atos de indisciplina, o jogador recebeu uma multa “de envergonhar”, segundo a diretoria romana, e a tendência é que o contrato seja rompido.

Nada disso assusta torcida e jogadores do Flamengo. Nas arquibancadas a música dizendo que “Adriano vai voltar” é hit. Léo Moura faz coro com os torcedores, e diz que o time pode receber o atacante de braços abertos:

- A gente sabe tudo que aconteceu quando ele esteve aqui, mas é claro que a pessoa vai amadurecendo, e pensa antes de fazer algo que não vá ajudar o grupo. Além disso, é sempre importante ter craque no elenco, então se der certo, que ele venha e faça sucesso com a gente.

Ronaldinho Gaúcho também prospecta a parceria, e Vagner Love avisou na semana passada que o sonho dele é reviver o Império do Amor em 2012.

Por: Michel Siqueira e Eduardo Peixoto

Imprensa mundial destaca primeiro título de Gaúcho no Fla: 'Gol à la Zico'

Jornal italiano chama o lance de Ronaldinho que deu o caneco ao Flamengo de magia: 'Falta mágica'

'Falta mágica'. 'Gol à la Zico'. 'Trenzinho rubro-negro em clima do carnaval carioca'. A imprensa europeia destacou nesta segunda-feira o primeiro título de Ronaldinho Gaúcho com a camisa do Flamengo. Os jornais da Europa exaltaram o gol do brasileiro que garantiu o caneco da Taça Guanabara ao clube. Para o "Corrierre dello Sport", o craque da camisa 10 bateu a falta com genialidade, lembrando a categoria do eterno ídolo rubro-negro, Zico.

O tabloide italiano "La Stampa" chamou de magia a cobrança de Gaúcho, destacando a perfeição no lance que fez o Fla voar, segundo o jornal: ‘Falta mágica’.

A imprensa espanhola também destacou Ronaldinho. O "Marca" publicou nesta segunda que o jogador foi decisivo ao cobrar a falta com perfeição e garantir o caneco para o time da Gávea.

O Sport, de Barcelona, noticia que o jogador antecipou o carnaval dos torcedores e garantiu o título para a maior torcida do Brasil, que lotou o Engenhão no domingo.

Em Portugal, "A Bola" também entrou no mesmo clima, destacando o gol decisivo, com clima de carnaval no Rio de Janeiro.

Com o título, o Flamengo já se garantiu na final do Campeonato Carioca. Caso vença o Segundo Turno, a Taça Rio, o time de Ronaldinho garante o caneco direto da competição.

Por: globoesporte.com

Ronaldinho antecipa o Carnaval do Fla: 'É assim que se faz história'

Camisa 10 fica eufórico com a conquista do primeiro título pelo Flamengo e lembra de Zico e Petkovic após marcar de falta o gol decisivo contra o Boavista

Três passos até a bola. Chute perfeito, em curva, passando pelo terceiro homem da barreira. Antes mesmo de a bola entrar e balançar a rede, Ronaldinho Gaúcho corria para comemorar. Tinha a certeza de que o goleiro Thiago não chegaria. E o "Bonde do Mengão sem freio", rap que vinha embalando os jogadores na semana da decisão, era puxado pelo craque. Parecia um filme passando novamente pela cabeça dos rubro-negros. Camisa 10, craque, falta. Impossível não relacionar, não lembrar... até mesmo para quem protagonizou toda aquela emoção.

- Quando o jogo terminou eu lembrei do Zico e do Pet, que eu vi fazendo muitos gols de falta. Fico feliz porque quero fazer história no Flamengo. E é assim que se faz história... marcando gols e ganhando títulos. Aqui no Flamengo está sendo tudo muito diferente, tudo em uma proporção maior, uma alegria muito maior. O Flamengo se tornou muito importante na minha vida - disse Ronaldinho.

Longe de ser brilhante. Mas decisivo. Ronaldinho não fez jogadas de efeito, foi pouco produtivo durante a maior parte da final da Taça Guanabara contra o Boavista. Mas em uma cobrança de falta garantiu o título para o Flamengo. Depois, o que se viu foi um jogador vibrando como uma criança. O sorriso, que já é uma marca característica, parecia ser ainda maior. Veio o apito final. E o camisa 10 foi o mais festejado, procurado, abraçado. E um dos mais eufóricos também. Ronaldinho não sentia o valor de uma conquista desde 2006, no Barcelona.

Braços levantados e balançando de um lado para o outro. Ronaldinho Gaúcho regia a torcida durante a comemoração do título quando recebeu um forte e emocionado abraço da presidente Patrícia Amorim. Foram apenas seis jogos e 534 minutos em campo com a camisa rubro-negra. Três gols. A faixa de capitão dada por Leonardo Moura, na estreia contra o Nova Iguaçu há 25 dias, deu ao camisa 10 o direito de levantar a taça. Um gesto histórico. Aos 30 anos, o jogador ergueu pela primeira vez o troféu de um título por clube. Antes, apenas com a Seleção Brasileira na Copa das Confederações em 2005.

- Estou eufórico com essa conquista. Sempre sonhei retribuir o carinho da torcida que desde o começo confiou em mim. Hoje começo a retribuir isso. Levantando o primeiro trofeu. A cada gol é uma emoção diferente. O Flamengo se tornou especial na minha vida - disse Ronaldinho.

Além da admiração natural por um passado de glórias, Ronaldinho conquistou o respeito dos companheiros em pouco tempo. Apesar da fama e das conquistas, o camisa 10 faz questão de não ter privilégios. Cumpre horários e quase sempre é um dos primeiros a chegar e o último a sair dos treinos. Virou exemplo.

- Além do amigo que ele é, Ronaldinho é um craque. Um jogador que pode decidir a partida a qualquer momento. E foi o que aconteceu. A equipe do Flamengo é premiada com isso, e eu tenho muito orgulho de ser campeão na companhia dele - disse Léo Moura.

A liderança poderia surgir baseada no prestígio e na experiência acumulados nos dez anos de futebol europeu, mas veio naturalmente.

- Além de grande jogador, o Ronaldinho é um cara fora de série. Tinha tudo para ser um nariz em pé, mas é exatamente o contrário - disse Wellinton.

O gol de falta lembrou outros ídolos rubro-negros como Zico e Petkovic. E desde o histórico gol de falta de Pet na final do Carioca em cima do Vasco e, logo em seguida, na decisão da Copa dos Campeões, em 2001, o Flamengo não conquistava um título com um gol feito pelo camisa 10 - no título brasileiro de 2009, Adriano foi o protagonista, mas os gols que valeram o hexa foram feitos pelos zagueiros David e Ronaldo Angelim.

- Com a chegada do Ronaldinho, ganhamos um amigo, um craque e mais uma opção para a bola parada. Agora, temos para longe, para perto. Chute forte, colocado. Isso é muito importante.- disse Renato Abreu.

Ronaldinho Gaúcho fez questão de aproveitar cada segundo. Assim como na estreia, foi o último a sair de campo. Levou a taça até a torcida. Parecia um Carnaval antecipado. O camisa 10, que desfilará na Portela e na Grande Rio e também resolveu criar um bloco - Samba,.Amor e Paixão -, sentia-se em casa. A identificação com os rubro-negros veio naturalmente.

- Minha adaptação foi rápida. Os companheiros mostrando a vontade de trabalhar ao meu lado, isso tudo ajudou também. Nos outros clubes que joguei eram jogadores consagrados mundialmente. E aqui são jogadores que buscam esse reconhecimento. E isso motiva muito - disse.

Em paz, feliz com a nova fase da vida. Ronaldinho agora espera reencontrar o futebol que o consagrou mundialmente e voltar à Seleção Brasileira. Na próxima quinta-feira, o técnico Mano Menezes convoca os jogadores para o amistoso contra a Escócia no dia 27 de março, em Londres.

- O meu objetivo é voltar à Seleção o quanto antes. Vou continuar trabalhando forte para que não só eu como os demais companheiros aqui tenham essa oportunidade. Meu pensamento é fazer o melhor sempre - completou.

Por: globoesporte.com