quarta-feira, 6 de abril de 2011

Fla acerta novo contrato de Adryan até 2014

Multa para o mercado nacional sobe de R$ 2,1 milhões para R$20 milhões. Empresário Reinaldo Pitta confirma sondagens de clubes europeus


Reprodução sportv - adryan brasil gol sub-17 chile (Foto: Reprodução Sportv)



Meia Adryan é destaque na Seleção sub-17 (Foto: Reprodução Sportv)

Adryan, jovem promessa do Flamengo, terá um gordo reajuste salarial, e assinará novo contrato com o clube na próxima segunda-feira. O acordo terá duração de três anos, e a multa rescisória para transferência no mercado brasileiro passará de R$ 2,1 milhões para R$ 20 milhões. O empresário Reinaldo Pitta revelou que recebeu apenas sondagens de times europeus, nada de concreto. Mesmo reiterando que a prioridade é o meia permanecer mais tempo na Gávea, Pitta afirmou que, caso chegue uma proposta formalizada, irá estudar junto com a diretoria rubro-negra.


Na imprensa internacional, Manchester United e Real Madrid são citados como interessados. Aos 16 anos, o jogador chamou a atenção no título da Copa São Paulo deste ano e no Sul-Americano Sub-17 com a Seleção Brasileira. Com o novo contrato, uma transferência para o exterior faria com que todos os envolvidos recebessem valores mais altos: empresário, clube e atleta. - A multa para o Brasil era baixa, agora vai subir bem. Para o exterior, será um pouco mais do que os R$ 30 milhões estipulados inicialmente. Clubes da Espanha, Inglaterra, Espanha e França apenas sondaram, não mandaram nenhum papel. Quando chegar algo oficial, sou obrigado a estudar. Com o valor acima dos R$ 30 milhões, o Flamengo também sairia feliz da história. Mas o Adryan quer criar raízes no clube – afirmou Pitta. Diretor de futebol do Flamengo, Luiz Augusto Veloso declarou em entrevista à rádio Brasil que nenhuma revelação das categorias de base será envolvida na negociação com Vagner Love. Mas o dirigente admitiu que, caso paguem a multa rescisória de um jovem atleta, não terá muito o que fazer. - A única coisa que posso garantir é que por decisão da presidente nenhuma negociação dessas vai envolver a saída de um jovem jogador. A não ser que apareça uma novidade extraordinária. Se alguém chega com a multa, não há o que fazer. Mas nesse caso específico (Vagner Love), o Flamengo não vai envolver nenhuma revelação - disse o dirigente.


Por: Janir Júnior

Presidente assina, e Fla terá nova marca na camisa no domingo

Contrato com a Tim foi aprovado há quase um mês pelo Conselho. Caso clube acerte com outra empresa de telefonia acordo será desfeito


renato abreu uniforme novo flamengo (Foto: Alexandre Durão/Globoesporte.com)
Novo uniforme do Fla não tem patrocinador principal
(Foto: Alexandre Durão/Globoesporte.com)

O Flamengo, enfim, assinou o contrato com a Tim. A marca será estampada no interior do número da camisa no jogo contra o Botafogo, domingo, às 18h30, no Engenhão. Mas uma cláusula no contrato que, a princípio, renderá R$ 2 milhões ao clube permite que o Rubro-Negro rompa o acordo caso acerte com outra empresa de telefonia celular para ser a patrocinadora master do uniforme.

Este foi o motivo para a demora na assinatura do contrato com a Tim. No último dia 15, o Conselho Deliberativo do clube aprovou o acordo que vai até 2013, com os valores corrigidos a cada temporada. O clube, porém, acreditava na possibilidade de um acerto com a OI para ser a patrocinadora master. Como as conversas não avançaram, somente na última sexta-feira a presidente Patrícia Amorim homologou o contrato com a Tim.

Na cláusula que permite o rompimento a exigência é que a empresa seja comunicada com antecedência. O valor de R$ 2 milhões ao ano, então, seria recalculado com base no tempo em que foi estampado no uniforme.

O clube segue trabalhando para fechar com um patrocinador master. Inicialmente, os valores pedidos eram cerca de R$ 30 milhões. Diante da dificuldade em achar interessados, o departamento de marketing admitiu a ideia de vender o espaço principal da camisa por R$ 15 milhões e a barra do uniforme por R$ 8 milhões. Mas a intenção principal é conseguir uma empresa disposta a pagar para colocar apenas uma única marca na camisa.


Por: Janir Junior

Love viaja para Rússia com carta do Fla e diz: 'É bater lá e voltar'

Clube promete fazer proposta oficial de R$ 34,3 milhões ao CSKA Moscou para contar novamente com o atacante em agosto


Vagner Love na partida do CSKA contra o PAOK (Foto: EFE)
Vagner Love é a prioridade do Flamengo para o
segundo semestre deste ano (Foto: EFE)

Vagner Love voltou à Rússia na noite desta terça-feira com um artigo especial na mala: uma carta de intenções do Flamengo, em papel timbrado do clube. Nela, o comando rubro-negro indica que vai fazer uma oferta de 15 milhões de euros (R$ 34,3 milhões) ao CSKA Moscou para repatriar o atacante em agosto, tão logo a janela de transferências do exterior seja aberta (na 15ª rodada do Brasileirão).

A diretoria do Fla promete apresentar uma proposta oficial ao clube russo na próxima semana. O atacante tem contrato com o CSKA até 2014, com multa rescisória estabelecida em R$ 91,7 milhões.

E o jogador demonstra confiança de que a negociação será concretizada. No Aeroporto Tom Jobim na noite desta terça, Love afirmou a funcionários do terminal que iria "bater na Rússia e voltar".

Além do desejo de defender novamente o clube do coração, Vagner Love quer retornar ao Brasil porque tem questões particulares a resolver no país.

Com o consentimento dos russos, o atacante havia prorrogado a estadia no Rio de Janeiro. Na última segunda-feira, ele esteve no hotel Windsor, na Barra da Tijuca (Zona Oeste), para visitar os jogadores rubro-negros de surpresa. A presença do atacante novamente alimentou os indícios sobre a evolução da negociação para o retorno ao Flamengo. Ele conversou com Vanderlei Luxemburgo e trocou telefones com o treinador.

O negócio com o CSKA não vai ser barato, pois o clube tem Love como principal jogador da equipe. Além disso, o clube russo vive o ano de seu centenário. Nas últimas temporadas, os dirigentes do clube de Moscou recusaram propostas de Everton (Inglaterra) e Hamburgo (Alemanha), que variavam entre 15 e 20 milhões de euros (até R$ 45,8 milhões).

Depois de aproveitar a pausa do campeonato local para os jogos das seleções, o atacante volta a jogar neste domingo, contra o Zenit, pela quarta rodada.

Na passagem pelo Flamengo, no primeiro semestre do ano passado, Vagner Love impressionou pela média de 0,8 gol por jogo. Balançou as redes 23 vezes em 29 partidas.


Por Eduardo Peixoto, Janir Júnior e Richard Souza

Flamengo fecha acordo de direitos de transmissão com a Rede Globo

Rubro-Negro é o 12º clube a assinar contrato com a emissora para a transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro


Marcelo Campos Pinto e Patrícia Amorim (Foto: Divulgação / site oficial)
Marcelo Campos Pinto e Patrícia Amorim se reuniram
nesta terça-feira (Foto: Divulgação / site oficial)

A diretoria do Flamengo fechou nesta terça-feira acordo com a Rede Globo sobre os direitos de transmissão dos jogos do clube no Campeonato Brasileiro. A presidente do Fla, Patrícia Amorim, se reuniu na manhã desta terça com o diretor executivo da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto.

O contrato será encaminhado ao Conselho Deliberativo do clube para análise dos conselheiros.

O Flamengo é o 12º clube a fechar um acordo com a Rede Globo sobre as partidas do Brasileiro. Anteriormente, assinaram contratos com a emissora: Bahia, Corinthians, Coritiba, Cruzeiro, Goiás, Grêmio, Palmeiras, Santos, Sport, Vasco e Vitória.


Por: globoesporte.com

terça-feira, 5 de abril de 2011

Luxa sem censura: veto a Adriano, fé em Deivid e sonho da Tríplice Coroa

Técnico não teme pressão após o caso Imperador e confia na evolução de R10: 'Ele já faz coisas que não fazia. Dá um tapa na frente e chega na bola'


Vanderlei Luxemburgo durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)


Vanderlei Luxemburgo segue confiante (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)

Ao dizer com todas as letras que não queria Adriano no clube, Vanderlei Luxemburgo se colocou na linha de tiro. Mas a pressão de parte da torcida não abala a confiança de quem se sente líder de um processo com metas mais do que ambiciosas. O treinador não nega que seu sonho é repetir no clube de seu coração o feito de 2003, quando conquistou o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro pelo Cruzeiro. Além da Tríplice Coroa, Vanderlei espera ser lembrado como o técnico que recolocou o Flamengo no mapa internacional, com presença constante na Libertadores e estrutura invejável. Um salto que ele mesmo admite estar bem distante.


Na última segunda-feira, Luxa esteve no GLOBOESPORTE.COM. No papo que durou cerca de 40 minutos, deixou poucas perguntas sem resposta. Disse que considera Adriano melhor do que os atacantes que possui na Gávea, mas ainda acredita que Deivid não passará pelo clube sem deixar sua marca de artilheiro. Explicou por que não escala Diego Maurício, elogiou a evolução física de Ronaldinho e disse não temer a grande chance de o time ficar até a 15ª rodada do Brasileiro somente com o elenco atual.


É uma questão de honra ser campeão como técnico pelo clube de seu coração?


Já fui campeão, mas ainda não fui do que eu queria. Está no meu interior querer ganhar sempre. Não tem espaço para perdedor no futebol, quero ganhar sempre. Se for no Flamengo, melhor ainda.


Algumas vezes falaram que você estava desmotivado, que não tinha mais a dedicação de outros tempos...


Isso é uma grande mentira, sou apaixonado por futebol. Vivo o futebol intensamente. Sou o primeiro a chegar, último a sair, faço reunião na Gávea... Está no meu sangue. O Alex Ferguson está no Manchester há 30 anos. Ganhou duas Liga dos Campeões. Será que nas outras não estava motivado? Eu já ganhei cinco brasileiros. Já fui campeão paulista, ganhei campeonato mineiro, a Taça Guanabara agora...É que as pessoas querem que eu volte a ganhar o Brasileiro. Só que o Brasileiro é duro de ganhar, não é assim.


Neste ano, o Flamengo pode pensar grande e almejar a Tríplice Coroa?


No ano que vem, temos de disputar a Libertadores e dali não sair mais"

Eu já ganhei uma, em 2003. Fui campeão mineiro, da Copa do Brasil e Brasileiro pelo Cruzeiro. É possível, não dá para pensar pequeno no Flamengo. Se não pensarmos grande, o que estamos fazendo no clube? É um projeto que se iniciou neste ano concretamente. Sempre digo que futebol não é uma ciência exata. O que o Flamengo tem que fazer esse ano é ganhar um título importante. No ano que vem, tem de disputar a Libertadores e dali não sair mais. É onde você tem uma receita maior. Aí passaremos a ser de elite mesmo. Não pode disputar uma Libertadores em um ano e depois ficar quatro, cinco anos para disputar outra. Não serve. Tem que estar como São Paulo, como Inter, como Cruzeiro, esse é o ponto. O Flamengo está se estruturando para poder pensar numa coisa maior. Para conquistar a Tríplice Coroa o clube precisa se estruturar, senão vira um castelo de areia: você ganha e depois vai tudo para o espaço.


Mas em que nível está a montagem do grande time e da estrutura?


Estamos com etapas avançadas. Ninguém imaginava que o Flamengo pudesse ser campeão da Taça Guanabara. O favorito era o Fluminense. O Flamengo entrou como candidato porque é o Flamengo. Por isso digo que antecipamos etapas com o título invicto. Em relação à estrutura, estamos melhorando. Em uma ou duas semanas vai ser o lançamento da pedra fundamental das obras no CT. As pessoas vão ver que lá já temos um refeitório para 42 pessoas, um alojamento, parte administrativa, auditório para reuniões... Já dá para trabalhar. Principalmente se compararmos com uma porção de clubes por aí. Mas não é o ideal, está muito no início. Para Flamengo, não pode ser aquilo ali. Nem pensar. Encontrei o Flamengo igual a quando eu sai em 95, não tinha nada. O Rio de Janeiro não mudou. O Muricy veio para o Fluminense, outros vieram, e não mudou a mentalidade. Não conseguimos avançar, entender que é necessário. Claro que um time pode ser campeão. Mas em seguida não se sustenta sem um ambiente de trabalho adequado. E em relação ao projeto de grande time?


O Flamengo tem um time competitivo. Quem tem um grande time? Por exemplo: o São Paulo perdeu para o Santa Cruz. O Flamengo está no caminho certo para formar uma grande equipe. Faltam algumas coisas, mas trabalhamos sossegados para que não inflacione o mercado. Como você avalia os atuais atacantes do Flamengo? O Adriano não fará falta?


Estamos apostando neles, que têm dado resultado. Se nós formos analisar os dados, são ótimos. O que você não pode é comparar a qualidade do Adriano com a qualidade deles. Mas o Deivid, por exemplo, é um jogador de alto nível. É o nosso artilheiro. Só que a cobrança é tão grande que esquecem que ele é o artilheiro do time no ano. Ele emagreceu, está bem mais fino. E tem de buscar uma motivação, um enfrentamento maior com essa discussão toda que envolve os atacantes do Flamengo. Se ele encontrar essa motivação de mostrar que é um grande atacante e que não precisamos de outro, estou bem.


Vanderlei Luxemburgo durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)


Vanderlei Luxemburgo não fugiu das perguntas sobre Adriano (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)

E o Diego Maurício? Não merece uma chance como titular?


Ele tem entrado muito bem nos jogos. Mas como é que eu posso colocar Diego Maurício e Ronaldinho? Os dois caem para o mesmo lado, quem é que vai entrar pelo meio? Não vai dar para jogar. Eu teria de tirar o Ronaldinho ou o Thiago Neves. Podem até jogar juntos dentro de uma circunstância de jogo, como tem acontecido, mas iniciar é complicado. Ele funciona melhor jogando com um outro atacante. Mas para colocar Diego e Wanderley, ou Diego e Deivid, teria de puxar o Thiago e o Ronaldinho. O meio-campo perde força.


Com a janela de transferências internacionais já fechada, existe alguma procura no mercado interno? Na próxima abertura da janela, em agosto, o Campeonato Brasileiro já estará na 15ª rodada. Não é muito tempo sem reforços?


Pega a história do futebol. É assim que funciona. Você monta um time em que você consegue se manter em primeiro, segundo, terceiro, na zona de classificação para a Libertadores. Quando chega no meio do ano para frente é que você dá a arrancada. Quando o Flamengo conquistou o Brasileiro em 2009 foi assim. Contratou três ou quatro jogadores, encaixou o time. Você trabalha com uma equipe forte e vendo no mercado o que vai acontecer. Você estuda suas deficiências, o que precisa para contratar pontualmente. Todos os clubes trabalham assim.


Fernandão está sem chances no São Paulo. Seria um bom nome para o Flamengo, já que poderia vir imediatamente?


Surgem diversos nomes no mercado. Sempre digo que contratação é um assunto interno. Se eu falar que vou contratar, o fulano de dez mil passa para cem; de cem mil vai para um milhão. E se eu disser que vou dispensar um jogador, de um milhão passa para cem.


Qual foi a escolha mais difícil de fazer neste ano: afastar o Pet ou vetar o Adriano?


Não vejo nenhum problema, isso faz parte do futebol. Você tem que fazer o que precisa ser feito. Uns gostam, outros, não. A única coisa que me incomoda é campanha direcionada, isso não traz benefício nenhum. Quando cheguei ao Corinthians em 98, o grande jogador era o Neto, e nem por isso ele deixou de sair do clube. O que houve com com o Pet, no Corinthians aconteceu com Ronaldo, Neto, Henrique, jogadores que tinham sido campeões. Mas era necessário fazer uma mudança, alguém tem que fazer. Fiz a mudança e perdi cinco jogos seguidos no início da minha trajetória no Corinthians. Mas fomos campeões brasileiros naquele ano, e a sequência do trabalho resultou em título mundial (em 2000). Tem coisas que precisam ser feitas, mesmo que vá doer em alguém. O jogador permanece. O Zico vai deixar de ser campeão do mundo pelo Flamengo? O Adílio, Andrade? Não. O Pet e o Adriano vão deixar de ser campeões brasileiros? Não. A vida do clube continua. Depois das críticas da torcida, você se arrepende de alguma coisa neste episódio envolvendo o Adriano?


É preciso discutir um pouquinho as razões, o motivo de ter sido feito. Para ficar bem claro: nunca foi discutida dentro do Flamengo a possibilidade de contratar o Adriano de volta. Isso nunca foi discutido, e é uma grande verdade que precisa ser dita. Nunca houve uma conversa com a presidente Patrícia Amorim sobre o assunto?


Nunca foi ventilada no Flamengo a possibilidade da volta do Adriano.É lógico que tem gente lá contrária a essa ideia, mas entre as pessoas que mandam houve o consenso de que Adriano não tinha que ser discutido. Fulano disse que Adriano vem, que assinou contrato...Isso não existe, a não ser do lado de fora. Mas a Patrícia, em alguns momentos, deu a entender que a possibilidade existia...


Eu posso dizer “não” de uma forma, a Patrícia pode dizer de outra. A Patrícia é daquele jeito, eu já tenho minha maneira mais direta de dizer. Ela fala “não” de outra forma, o que não quer dizer que tenhamos dito coisas diferentes. O "não" existiu dos dois lados. Ela chegou um dia e colocou que era um consenso, mas ninguém acreditou. Eu falei que o Adriano não tinha espaço no nosso projeto neste momento. Não quer dizer que amanhã, em outro momento, outro clube, eu não possa trabalhar com Adriano. Você não fecha as portas totalmente porque o futebol é rápido, dinâmico. Mas se eu não preservo meu grupo, quem vai preservar? Quem vai ter que ir para a frente, a Patrícia ou o Luxemburgo, que vai estar conversando com os jogadores todos os dias? É o Luxemburgo que tem que ir para frente e falar. Respeito o Adriano, é um grande jogador. Não o conheço pessoalmente, até já tinha convidado ele para o Palmeiras uma vez para trabalhar comigo. Conversei uma vez de cumprimentar, todo mundo fala que é um cara bom. Mas no nosso projeto não cabia.


Não teme que a pressão da torcida atrapalhe o trabalho?


A torcida é emocional, eu sabia que isso tudo isso ia acontecer. Nós estávamos certos, e o torcedor também. A torcida quer seu ídolo, e ele não vai voltar para o clube. Então eles ficam revoltados e vão ao estádio preparados para vaiar qualquer coisa, uma substituição que seja. E nós também temos razão pelo nosso processo. Tudo que aconteceu pertencia ao momento. Não estou chateado com o torcedor, eu entendi. Houve um pico no dia em que o Adriano fechou com o Corinthians, depois não fizemos um jogo legal (empate em 3 a 3 com o Madureira). E agora pegou uma curva descendente, já vencemos, a coisa vai mudando.


Mudando de Adriano para Ronaldinho. Você só tinha trabalhado com ele na Seleção. Como é a rotina dele, a convivência com o grupo?


O respeito e admiração dos colegas por ele dependem muito de como ele se coloca. Se ele se colocar mal, como estrela, aí danou-se. Mas ele é sereno, brinca, sacaneia os jogadores, dá e leva peteleco na orelha na frente dos outros. Ele foi muito bem recebido no grupo. Eu passei a faixa de capitão para ele, pois um jogador com a importância dele vai direcionar o caminho para ou outros poderem seguir. Como foi o Zico. Não tem nenhum problema no comportamento dele, é muito bom. Ele é muito tranquilo, desde a época da Seleção. Não chega atrasado nunca. A experiência no Carnaval foi legal, deu tudo certo.


Você costuma contar uma história curiosa sobre a eliminação do Real Madrid nas oitavas da Liga dos Campeões na temporada 2004/2005. Depois de vencer o Juventus por 1 a 0 no Bernabéu, o time perdeu o jogo de volta justamente no momento em que você substituiu Ronaldo e Zidane. É por isso que não tira o Ronaldinho?


Vanderlei Luxemburgo durante entrevista no Globoesporte.com (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)


Vanderlei revela que dificilmente irá substituir R10 (Foto: Rodrigo Costa / Globoesporte.com)

Tinha feito o resultado no Bernabéu e estava jogando pelo empate. Os dois estavam vindo de lesão. Quando tirei os dois, os caras não tiveram mais medo e vieram para cima. Eu pensei: “me ferrei”. A presença deles inibe. Eu deixo o cara jogar porque ele resolve em uma jogada. Jogando mal 89 minutos, decide numa bola. Deixo o craque e crio outras alternativas. Não é que eu não possa tirar o Ronaldinho. Se tiver de acontecer, vai acontecer. Mas será que o outro que vai entrar vai resolver o jogo para mim? Isso é a história do futebol, pode ver.


Mas você está satisfeito com o que o Ronaldinho tem feito dentro de campo?


Está tudo dentro do esperado. A cobrança no Brasil, mesmo que seja um grande jogador, é muito forte. O Júnior, quando voltou ao país (vindo do Pescara, da Itália), ficou praticamente um ano e meio entre titular e reserva. Só depois foi ser o maestro. São treinamentos, cultura, tudo diferente. Dez anos na Europa mudam muita coisa. A abordagem do jogo é diferente. No Brasil, você treina muito para um jogo, lá fora eles treinam para uma temporada. Ele está se readaptando ao Brasil. Agora que ele chegou a 10,2% de percentual de gordura. Nós poderíamos afinar ele de imediato, mas ele perderia a força. Estamos vendo a saúde dele, senão ele não consegue render. Tem de perder gordura e ganhar massa muscular. Ele já está começando a fazer coisas que no início não fazia, como dar um tapa na frente e conseguir ganhar do cara. Ele dava um tapa na frente e ficava para trás. É que nem o time. As pessoas falam: “ah, não tem padrão”. É claro que não tem. Futebol não é um tubo de ensaio em que você coloca os jogadores e sai um time. Leva um certo tempo para você conseguir encaixar. “Ah, o ataque não funciona”. Não funciona ataque, nem meio-campo, nem defesa. Vejo o time como um todo, não olho assim por setor.


Muitos ainda não acreditam no potencial do Flamengo, mesmo com a vaga na final do Carioca assegurada. Você concorda que o time ainda não convenceu?


É o seguinte. O cara sai candidato em uma eleição com 2% na pesquisa. De repente, ele vai para 50%. O processo caminha, quando começa o programa eleitoral muda completamente. Depende muito do que acontece no percurso, do que a mídia passa também. Hoje, a mídia passa que o Flamengo é uma equipe instável. O torcedor assimila isso. O torcedor vê o Flamengo através da internet, do rádio, da TV. Vai formando opinião. O Flamengo não é muito diferente das outras equipes do Brasil. Mas a crítica é maior. A gente vai ter que trabalhar para ir mudando. Daqui a pouco, a gente faz um grande jogo e vocês vão dizer que o Flamengo encontrou seu ideal. E o torcedor vai repetir. Vai se criar uma situação diferente. É assim que funciona mesmo.


Como vê o Flamengo para o Brasileiro deste ano?


A gente sai em desvantagem em relação a algumas outras equipes, como o Cruzeiro"

A gente sai em desvantagem em relação a algumas outras equipes, porque elas estão prontas há mais tempo. O Inter já está sólido há alguns anos, o São Paulo tem sempre um time competitivo, o Fluminense é o atual campeão, o Cruzeiro está com a base todinha do ano passado. É o time mais forte no momento. Achei inclusive que no ano passado o Cruzeiro ia ganhar. Era o time mais certinho. E conseguiu se manter, ganha com propriedade. Nós vamos ter de correr atrás.


Você acha que o Cruzeiro consegue manter esse nível até o fim do ano?


A base é boa, o trabalho lá é muito bem feito, contratam pensando no projeto como um todo, sempre conseguem manter de 60% a 70% do time de um ano para o outro. Mas não vai ser fácil manter, acho que vão perder algumas peças, sempre acontece.


No Flamengo você também teme perder nomes importantes?


É normal que perca. E estamos preparados para isso.


Quantos você acha que perde e quem tem mais medo de perder?


Não dá para precisar. Vou ficar te devendo (risos).


Qual será a importância dessa semana de treinos em Atibaia? Não estou indo para lá para pressionar jogador. Isso está programado há três ou quatro semanas. É planejamento. Você lembra quando eu disse que queria eliminar os jogos de volta nas duas primeiras fases da Copa do Brasil? É porque eu queria ter quatro semanas cheias para preparar a equipe. Isso não surgiu do nada. Nós vamos entrar na fase crucial deste início de ano. E temos de direcionar a equipe para essa fase de decisão de Carioca e Copa do Brasil. Não há no Rio um local para a pessoa treinar, se alimentar, dormir. Nós queremos que o cara não se preocupe em ir ao supermercado, ou em levar o filho no hospital porque está com dor de barriga. No outro dia mesmo morreu o pai da esposa do Thiago Neves. Ele me pediu dispensa logo depois do treino da manhã, teria um treino à tarde. Se nós estivéssemos em Atibaia ia dar para dispensar? Por isso é que você vai para outro local.


Mas em uma coletiva recente você usou o termo “pressionadazinha”. Percebeu algum excesso noturno do time?


Não houve nada, é normal. O Flamengo fica três jogos sem ganhar e eu vou ficar mudinho? Aí vocês vão falar que o Luxemburgo está omisso. Pressionar faz parte. Mas as pessoas interpretam esse pressionada de uma outra maneira. Pressionar é trabalhar. É analisar o que aconteceu nos três jogos sem vencer. Aí você comenta com o grupo do envolvimento do Adriano, a vaia, tudo está dentro do contexto.


Mas você saiu do Palmeiras e do Atlético-MG em momentos conturbados. Como foi?


Uma das coisas que mais me deixaram chateado nos últimos anos foi a saída do Palmeiras. Porque o time estava pronto para ser campeão. Foi aquela bobagem da entrevista do Keirrison. Disse que ele não jogaria mais comigo, e a vaidade do Belluzzo me tirou. E o Keirrison não jogou mesmo mais em lugar nenhum depois que eu saí. Aquilo ali jogou fora todo um trabalho. O Atlético-MG tinha alguns problemas políticos no time, que todo mundo sabia o que era. Achei melhor conversar com o Kalil e sair. Saí sabendo que o Atlético tinha de manter o elenco, não podia sair todo mundo. E avisei que o clube ia ter problema na frente, tanto é que os problemas estão pipocando agora.


O Ricardinho era um dos problemas? Você trabalharia com ele de novo?


Não.


Por quê?


Porque não (risos).


A vontade de ser presidente do Flamengo continua viva?


No momento, eu estou fazendo o que sempre me propus a fazer no Flamengo, que é o que eu fiz nos outros clubes quando me deram condição. Acho que é muito pouco você ser técnico quando você tem experiência para ser mais do que comandar uma hora de treino de manhã e uma hora de treino de tarde. Acho que tenho de me envolver muito mais. Não mando, mas me envolvo. Agora, para me envolver politicamente, é preciso mais tempo. Não é porque fui ex-jogador do clube que posso querer ser presidente de uma hora para outra. Sou sócio-proprietário, mas teria de passar pelo Conselho, me envolver com o grupo político que eu entenda que é o correto. Tem de conhecer o clube. Por enquanto não, quero ficar só nessa confusão, que é boa ainda.


Você voltaria a trabalhar na Europa?


Já tive convite, mas acho que passou a época. Agora mesmo no Flamengo já tive propostas de lá. Já trabalhei no Real Madrid, foi uma baita experiência, é o momento de ficar por aqui e abraçar o projeto do Flamengo, que é algo que eu sempre quis.


E Seleção?


Sempre contribuí com Parreira, com Felipão, agora com o Mano, mas não é algo que eu traço como projeto de futuro como um dia eu já tive. Em 97, deixei de ir para o La Coruña para ficar no Corinthians e tentar chegar à Seleção. Todos os jogadores do Palmeiras estavam indo para o La Corunã, acho que eu seria campeão, mas queria ficar aqui. Tracei como objetivo. Hoje a minha história é com o Flamengo. Ganhar título, você ganha ou não. Mas tenho obrigação de colocar o time em condição de disputar os títulos. Esse é o ponto.


(Participaram desta entrevista: André Amaral, Bernardo Ferreira, Eduardo Peixoto, Janir Júnior, Luciano Cordeiro Ribeiro, Richard Souza e Thiago Lavinas)


Por: globoesporte.com

Vagner Love adia volta à Rússia e visita o hotel do Flamengo

Visita alimenta rumores sobre negociação. Sem o Artilheiro do Amor, CSKA empatou no Campeonato Russo





O roteiro do astro brasileiro que adia o retorno à Europa para aproveitar mais alguns dias na cidade-natal é conhecido. Desta vez, em vez de Adriano, o personagem da trama é Vagner Love. O atacante voltaria à Rússia na última sexta-feira depois da pausa do campeonato local para os jogos das seleções. No entanto, com o consentimento do CSKA, ele prorrogou o período de estadia no Rio de Janeiro e nesta segunda visitou de surpresa os jogadores rubro-negros no hotel Windsor, na Barra da Tijuca. O lugar foi o ponto de encontro dos rubro-negros antes da viagem para Atibaia, no interior de São Paulo, marcada para a noite de segunda-feira.


A presença de Love novamente alimenta os indícios sobre a evolução da negociação para retornar ao Flamengo. Ele conversou com Luxemburgo e trocou telefones com o treinador. Apesar do interesse assumido, os rubro-negros são ponderados ao falar sobre o assunto.


- É assunto interno. Ele tem interesse em voltar ao Brasil e ao Flamengo. Isso ele deixou claro quando foi lá na Gávea negociar a dívida. Mas para isso se tornar realidade existe uma distância grande. Essa é a realidade hoje. Não tem mais nada do que isso - afirmou o técnico Vanderlei Luxemburgo.


Na semana passada, o atacante esteve na Gávea para equacionar uma dívida da passagem anterior e confirmou aos dirigentes que tem interesse em retornar ao Flamengo.


Sem Vagner Love, o CSKA empatou por 1 a 1 com o Krasnodar, em casa. A imprensa russa publicou que o retorno do atacante está previsto para "o meio desta semana" e que a ideia do treinador é escalá-lo na partida contra o campeão Zenit, dia 10 de abril, pela quarta rodada.



Por: Eduardo Peixoto

Com o tornozelo direito inchado, Ronaldinho será reavaliado

Craque se machucou no início da partida contra o Duque de Caxias, sábado




ronaldinho gaucho flamengo x duque de caxias (Foto: Ricardo Ramos/VIPCOMM)


Ronaldinho em uma de suas arrancadas contra o Duque de Caxias (Foto: Ricardo Ramos/VIPCOMM)

Ronaldinho Gaúcho mancava ao deixar o Engenhão no último sábado. Logo aos seis minutos da vitória por 2 a 0 sobre o Duque de Caxias, o camisa 10 torceu o tornozelo direito em uma dividida. Ele será reavaliado pelo departamento médico na tarde desta segunda-feira. Só então será possível estabelecer a gravidade da lesão.


- O Ronaldinho torceu o tornozelo, reclamou de dor e o local apresentou um pouco de inchaço. Só podemos dizer se é grave ou não depois de reavaliá-lo - informou o médico Márcio Tannure.


Após a folga de domingo, o grupo rubro-negro volta ao trabalho e inicia uma semana diferente. Depois do treino regenerativo, a delegação embarca para Atibaia, no interior de São Paulo. Por lá, ficará até o próximo sábado. No domingo, o time enfrenta o Botafogo, pela sétima rodada da Taça Rio, no Engenhão.


Com os resultados do fim de semana, o Flamengo é o vice-líder do Grupo A, com 12 pontos, um a menos que o Vasco.


Confira a programação do time em Atibaia:


Segunda-feira 16h - Treino no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, e viagem para Atibaia Terça-feira 10h e 16h - Treino em Atibaia As entrevistas serão somente pela manhã Quarta-feira 16h Quinta-feira 10h e 16h As entrevistas serão somente pela manhã Sexta-feira 16h Sábado 10h - Treino seguido de viagem para o Rio de Janeiro Domingo 18h30m - Botafogo x Flamengo



Por: Janir Junior e Richard Souza

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Renato e a mania de golaços: ‘Não posso perder esse faro de gol’

Meia é o vice-artilheiro do time na temporada, atrás de Ronaldinho, Wanderley e Deivid






Beijos e abraços carinhosos das filhas Karen e Rebeka e da esposa Karina. Este foi o prêmio de Renato após o jogo contra o Duque de Caxias, no último sábado. Autor do primeiro gol e com participação direta no segundo (contra, de Hamilton), o meia foi o destaque da vitória por 2 a 0, resultado que interrompeu a incômoda série de três empates seguidos do Flamengo na Taça Rio.


- Não que eu seja decisivo, mas nesse momento todos nós temos que aparecer. Fui feliz no primeiro gol, mas acho que em cada jogo cada um tem o seu momento. Desta vez o momento foi meu, em outros jogos outros jogadores resolveram. Cada um ajuda de uma maneira.


Renato com as filhas flamengo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)


Ainda no Engenhão, Renato recebeu o carinho das filhas (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)

Renato tem quatro gols na temporada, um a menos que os artilheiros do time (Ronaldinho, Wanderley e Deivid). O momento goleador não o surpreende. Em 169 partidas pelo clube, marcou 54 vezes.


- Claro que minha função talvez não seja a mesma de 2005, 2006 e 2007, de fazer sempre gols, de estar cobrando faltas. A responsabilidade é dividida agora. Ronaldinho tem uma função, Thiago (Neves) tem outra e assim vai. Sábado eu não participei tanto na hora de chutar a gol, mas é a função que venho fazendo, para que os jogadores da frente possam trabalhar com mais tranquilidade. Quando aparece uma chance, tem de estar sempre ajudando. Fui feliz. Não posso perder esse faro de gol. Gosto e acabei me acostumando. O torcedor também se acostumou a me ver fazendo gols de fora da área. Para mim, está sendo excelente.


Quando aparece uma chance, tem de estar sempre ajudando. Fui feliz. Não posso perder esse faro de gol. Gosto e acabei me acostumando. O torcedor também se acostumou a me ver fazer gols de fora da área. Para mim, está sendo excelente"

Renato

De Léo Moura para Welinton, de Welinton para Renato, de Renato para o ângulo. O camisa 11 tem o hábito de fazer gols bonitos e de fora da área. Nesta temporada, marcou contra América e Duque de Caxias, pelo estadual, e Murici-AL e Fortaleza, pela Copa do Brasil.


- Com o chute que tenho, da maneira que bato na bola, quando acerto, acaba saindo um gol bonito. Espero que muitos gols saiam e que os jogadores dos outros times não marquem tanto o meu chute. Se acontecer novamente, que seja um bonito gol.


Criticado pela torcida, o Flamengo jogou pressionado contra o Duque de Caxias. O grupo, no entanto, conseguiu dar uma resposta. Especialmente Renato.


- Nos momentos em que mais precisamos, acabo me concentrando mais, acabo tendo uma outra postura, tirando força do além. É uma coisa que tenho dentro de mim, espírito de luta, de grupo. Nas horas de decisão, procuro ajudar na frente, atrás. A função que tive contra o Duque de Caxias, e que venho tendo, gera um desgaste grande. Pude ajudar na frente e atrás, acabei passando para a ala, participando do segundo gol também. Vou procurando fazer o melhor dentro de campo e tem dado resultado.


Com Ronaldinho e Thiago Neves no time, Luxemburgo recuou Renato para a função de terceiro homem de meio-campo. Assim como em outros momentos da temporada, ele foi improvisado como lateral-esquerdo durante o jogo.


Confira outros trechos da entrevista:


Protestos da torcida: página virada


Com o chute que tenho, da maneira que bato na balo, quando acerto acaba saindo um gol bonito. Espero que muitos gols saiam e que os jogadores dos outros times não marquem tanto o meu chute"

"A torcida talvez tenha protestado de uma forma que acabou atingindo os jogadores (no jogo contra o Madureira, em Macaé). Mas isso faz parte do passado, nós sabemos que acontece sempre no Flamengo. Não será a primeira nem a última vez. É uma página virada, temos que apagar. Importante é a retomada das vitórias. Vamos para uma semana de trabalho, temos de focar na Copa do Brasil e na Taça Rio. O que passou, passou. A torcida entendeu."


Volta da boa fase


"Eu sempre me senti à vontade no Flamengo. Ano passado, muitas coisas aconteceram: a saída do Zico, que foi uma parte conturbada; a chegada de muitos jogadores no meio do ano, quando não houve o entrosamento adequado. Sempre coloquei que não estava bem fisicamente e quando estivesse começando um campeonato, uma pré-temporada com o time, a evolução seria boa. Participei desde o começo, o entrosamento dos jogadores foi bom. É claro que ainda faltam algumas coisas para encaixar, mas não é nada desesperador. Durante a semana vamos treinar isso. O momento é tranquilo não só por estarmos invictos (19 jogos, sendo dois amistosos preparatórios), pela conquista da Taça Guanabara, mas o momento do Flamengo é muito bom. Todos se dão bem dentro e fora de campo. As cobranças do treinador e dos jogadores são bem aceitas. Isso faz com que o ambiente fique tranquilo."


Divisão de responsabilidade


"O bom é que a equipe tem vários jogadores que podem resolver em um chute, em uma falta, em uma jogada individual. O importante é isso. Quando não sou eu, é o Thiago, Léo (Moura), Ronaldinho, um zagueiro. Mais importante é que o coletivo está fazendo bem feito."


Semana de treinos em Atibaia (SP)


"O grupo reagiu bem. Temos uma semana inteira de trabalho, vamos trabalhar, e espero que nossa equipe possa voltar bem para o clássico de domingo (contra o Botafogo), que vai ser muito difícil."



Por: Richard Souza

Patricia Amorim: 'O Love é o primeiro nome da lista'

Presidente do Flamengo dá prioridade ao acerto com patrocinador e definição para os direitos de transmissão



Patricia Amorim e Vagner Love, Flamengo - (Foto: Cleber Mendes)


Patricia Amorim não esconde o desejo de contratar Love (Foto: Cleber Mendes)


O torcedor que ficou desolado com a ida de Adriano para o Corinthians, com medo de que o Flamengo não iria atrás de um atacante para a disputa do Brasileirão, pode ficar sossegado. A presidente rubro-negra Patricia Amorim confirmou ao MAIS que a contratação de Vagner Love é o principal objetivo do time para o segundo semestre.


Receba primeiro as notícias do Mengão no seu celular!


- Há um interesse recíproco do clube e do jogador, mas não está simples. Para isso se materializar tem uma distância grande ainda. De coração e de vontade, o Love é o primeiro nome da nossa lista. Mas futebol é muito dinâmico, pode ter alguma outra oportunidade de negociação mais vantajosa para o clube. Os russos estão dificultando muito - admite a presidente, que deve começar a cuidar da negociação assim que o time acertar o patrocínio e as cotas de televisão, que devem vir mesmo da Globo:


(Love deixou saudade na torcida do Flamengo - Crédito: Cleber Mendes) - Nesta semana, o Flamengo precisa focar no contrato de transmissão e depois no patrocinador, para depois termos o dinheiro para contratar. Comigo, só depois de assinado é que confirmo. Só apresentei o Ronaldinho depois de assinado. A foto com o Obama idem. Mas se for levar em conta que o Corinthians e os três grandes do Rio fecharam com a Globo, a tendência é essa também


Por: Do Mais

domingo, 3 de abril de 2011

ISOLADO PONTO DA CIÊNCIA

Luxa diz que puxou o freio do grupo: ‘É bom dar uma pressionadazinha’

Técnico reconhece instabilidade da equipe por conta do tema Adriano e pede tranquilidade aos jogadores







Vanderlei Luxemburgo decretou restrições sobre as noitadas dos jogadores do Flamengo. Para se certificar de que será atendido, ele planejou um retiro em Atibaia, no interior de São Paulo, na próxima semana. O grupo viaja na tarde desta segunda-feira e só retorna no sábado, véspera do clássico contra o Botafogo, pela Taça Rio.

Neste sábado, o time derrotou o Duque de Caxias, por 2 a 0, no Engenhão. O resultado positivo interrompeu a séria de três empates seguidos no estadual e deixa a equipe com boas chances de avançar às semifinais. O treinador diz que os jogadores querem ganhar, considera o ambiente “ótimo”, mas reconhece que é importante dar uma “pressionadazinha” no grupo.


- Nós estamos tranquilos. Se não tivermos tranquilidade, vai tudo para o espaço. Sabemos tudo o que está acontecendo, interpretando e trabalhando. Passamos o ano passado com a navalha no pescoço o tempo todo. Começamos a temporada com três meses de invencibilidade (19 jogos, sendo dois amistosos preparatórios), mas você nao consegue estar o tempo todo concentrado. É bom dar uma pressionadazinha. É normal puxar o freio um pouco. Mas não tem nenhum jogador contrariado, vejo a coisa bem.


Você nao consegue estar o tempo todo concentrado. É bom dar uma pressionadazinha. É normal puxar o freio um pouco. Mas não tem nenhum jogador contrariado, vejo a coisa bem"

Luxa

A viagem servirá para tentar melhorar um ambiente confuso, motivado principalmente pelo desconforto com o tema Adriano, agora jogador do Corinthians.


- Em função do que aconteceu nas últimas três semanas se criou uma instabilidade na equipe. O que acontecia naturalmente passa a não acontecer. Agora, com a vitória, acho que volta tudo ao normal. Nossa ida para Atibaia vai recolocar as coisas no lugar – disse o treinador, após a vitória por 2 a 0 sobre o Duque de Caxias, neste sábado.


Os jogadores ganharam o domingo de folga e voltam a trabalhar nesta segunda-feira.


vanderlei luxemburgo flamengo x vasco (Foto: Jorge William/Globo)


Vanderlei Luxemburgo tenta não perder o controle do grupo do Fla (Foto: Jorge William/Globo)


Por: Richard Souza

Ronaldinho Gaúcho deixa o Engenhão mancando

Camisa 10 do Flamengo sentiu dores no tornozelo direito em dividida


Ronaldinho Gaúcho não brilhou, mas teve boa participação na vitória do Flamengo sobre o Duque de Caxias, por 2 a 0, neste sábado, no Engenhão. No primeiro tempo, o camisa 10 arriscou algumas boas arrancadas pelo lado esquerdo do campo e incomodou os defensores adversários. Na parte final, apareceu mais nas jogadas de bola parada. O craque deixou o estádio mancando, cumprimentou alguns amigos e atendeu alguns fãs. Logo aos seis minutos de jogo, ele sentiu o tornozelo direito em uma dividida.


Ronaldinho gaucho torcedor flamengo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)


Ronaldinho posa com fã na saída do Engenhão. Craque mancava (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)

Neste domingo, o grupo rubro-negro terá folga. O time volta a trabalhar na tarde segunda-feira. À tarde, viaja rumo a Atibaia, no interior de São Paulo. O grupo fará preparação na cidade até sábado, quando retorna ao Rio e já se concentra para o jogo contra o Botafogo, domingo.



Por: Richard Souza

Autor de golaço, Renato Abreu só pensa na vaga nas semifinais

Meia faz golaço, dá assistência, e destaca que, com o fim dos tropeços, o Flamengo está mais perto das semifinais da Taça Rio








O meia Renato Abreu foi grande responsável pelo fim da série de tropeços do Flamengo. Depois de três empates seguidos, o Rubro-Negro venceu o Duque de Caxias por 2 a 0, neste sábado, no Engenhão, e o jogador abriu o placar com um golaço e ainda fez o cruzamento no gol contra de Hamilton. O camisa 11 rubro-negro, porém, só lembrou que agora a equipe da Gávea está mais perto de conquistar uma vaga nas semifinais da Taça Rio.


- Nao era uma sequência tão ruim. Mesmo com os três empates, ainda temos condições de chegar às semifinais da Taça Rio. Hoje foi um dia feliz. O primeiro tempo não foi brilhante, tinha que ter mais paciência. No seugndo tempo, tivemos, tocamos a bola e graças a Deus os gols saíram - disse Renato, após o jogo, ao PFC.


O Flamengo alcançou 12 pontos no segundo turno e assumiu a liderança provisória do Grupo A. No domingo, Vasco e Americano entram em campo e, se vencerem, ultrapassam o Rubro-Negro. Ronaldinho Gaúcho também comemorou:


- No Flamengo quando você empata duas já é uma confusão. Agora temos mais chances ainda neste segundo turno. Estou feliz por voltar a vencer, ficar em uma boa posição. Agora vamos trabalhar esta semana e depois voltar forte para a fase final.


Já classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, o Flamengo só volta a campo no próximo domingo. A equipe treinará em Atibaia, no interior de São Paulo, para o clássico contra o Botafogo, domingo, no Engenhão.



Por: globoesporte.com