Goleiro deve continuará usando o número 29, mas sonha em ser titular pelo clube que o revelou: ‘Um dia quero usar a camisa 1’
Nas costas, Marcelo Lomba ainda carrega o número 29. Mas o afastamento de Bruno, por conta do sumiço da sua ex-namorada Eliza Samudio, deixou em aberto a camisa número 1 do Flamengo. Por enquanto, Lomba só irá ocupar a vaga deixada pelo companheiro enquanto o caso policial não for esclarecido. Mas ele quer agarrar, literalmente, a chance de ser titular do clube em que se orgulha de dizer que o revelou para o futebol.
Marcelo Lomba, que tem 23 anos, possui forte personalidade. Talvez por isso ele diz estar tranquilo para assumir a responsabilidade de proteger o gol rubro-negro. Com apenas quatro jogos profissionais, o goleiro já sabe que deve enfrentar o Botafogo, no próximo dia 14, pelo Brasileiro, e provavelmente todos os outros enquanto Bruno estiver afastado. Mas demonstrou estar constrangido com a forma com que está tendo esta chance.
- Eu não esperava que fosse acontecer dessa forma, é difícil falar desse caso (do Bruno) porque ele é um amigo, um companheiro de posição e torço se resolva melhor maneira. Continuo com a 29, mas um dia quero usar a camisa 1 – disse Marcelo Lomba, que sempre foi elogiado nas categorias de base.
No time profissional desde 2006, o goleiro sempre foi apontado como um talento. Tanto que já foi elogiado pelos preparadores que passaram pela Gávea e pelo atual, Cantarelli. Mas nesta quinta-feira foi Rogério Lourenço quem mostrou confiança nele.
- Já sabemos da qualidade dele. Já jogou algumas vezes e não temos a menor dúvida com relação à capacidade dele. Esperamos que tudo se resolva da melhor forma com relação ao Bruno, de uma forma justa... Mas existe toda confiança nossa nos nossos goleiros – disse o técnico.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista coletiva de Marcelo Lomba:
Responsabilidade de substituir um goleiro do nível técnico como o Bruno
"Nós sabemos que o goleiro reserva pode jogar a qualquer momento. Apareceu essa oportunidade e se eu tiver de jogar contra o Botafogo, vou tentar substituir o Bruno da melhor maneira. Já fiz isso em algumas oportunidades... A responsabilidade é grande por substituí-lo, mas principalmente por defender o Flamengo".
Chegada o Cantarelli para substituir Roberto Barbosa
"Não vou ficar julgando treinador de goleiro. Tiro o melhor de cada um, tenho minhas características, quero consertar algumas coisas... O Cantarelli é importante porque fui criado na base como outros ex-jogadores como o Liminha, o Adílio, com Zico no CFZ... Ele vem com essa experiência de ter jogado aqui para ajudar na minha evolução".
Pontos em que precisa evoluir
"Quando eu comecei a ser goleiro, me espelhava ao Taffarel, que sempre buscou um bom posicionamento e em ser o mais simples possível. Tento melhorar na saída de bola, com a mão e com o pé, na saída do gol também... Tem um ditado que fala: defesa fácil é aquela que já passou. Então eu tenho de treinar duro porque não sabemos o que vai vir pela frente".
Aprendizado como reserva
"Outro dia eu estava olhando e, do atual grupo, sou um dos que tem mais tempo de casa no profissional. Já convivi com vários atacantes, em fases boas ou ruins, sempre converso com os mais jovens... Eu sinto que tenho a missão de aconselhar quem está chegando. Ainda mais quando é da base. Fui criado com o lema 'craque o Flamengo faz em casa'. Fico feliz quando vejo o Antonio jogar no time titular, o Camacho entrar e ir bem... O importante é o Flamengo estar sempre revelando jogador".
Por: globo.com
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