terça-feira, 6 de julho de 2010

Menor confirma que ex de Bruno está morta, diz policial

Eliza Samudio está desaparecida desde o início do mês passado. Ela tentava provar que goleiro é o pai do filho dela

Um inspetor da Divisão de Homicídios do Rio disse nesta terça-feira que o menor levado da casa do goleiro Bruno confirmou que Eliza Samudio estaria morta. Ele, no entanto, não teria dito como isso aconteceu. Segundo o policial, o menor disse também que sequestrou e deu uma coronhada na cabeça de Eliza, que ficou desacordada mas não teria morrido em decorrência da agressão. Eliza Samúdio está desaparecida desde o início do mês passado.

Na versão do menor, Eliza saiu de carro junto com o amigo de Bruno conhecido como Macarrão. Ele estaria escondido no carro, e teria agredido Eliza depois de uma discussão entre ela e Macarrão. O inspetor disse ainda que, até o momento, o menor não incriminou Bruno no ocorrido.

Um dos advogados do escritório que defende o goleiro Bruno, Monclar Gama, esteve mais cedo na Divisão de Homicídios para ver como estava o menor.

O advogado disse, ao sair da delegacia, que não teve acesso ao depoimento prestado pelo menor. Ele disse também que Bruno estava na casa no momento em que a polícia chegou para levar o menor, e recebeu os agentes. Segundo Gama, o menor permanece na delegacia, acompanhado de um tio.

O delegado Rafael Willis, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), informou em entrevista à Rádio Tupi que um parente do jovem esteve na delegacia contando que o menor estaria na casa do goleiro e tinha informações sobre o caso. A polícia teria chegado ao menor após essa informação.

A assessoria do Disque-Denúncia confirmou que recebeu uma ligação com informações que também ajudaram a localizar o menor na casa de Bruno.

Bruno será ouvido

Em Belo Horizonte, também nesta terça, o delegado Edson Moreira afirmou que está negociando com os advogados do goleiro Bruno para que ele seja ouvido na sexta-feira (9) ou na semana que vem. O depoimento deve acontecer em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Além de Bruno, pelo menos outras duas pessoas devem ser ouvidas no mesmo prazo. São elas: a mulher do goleiro, Dayanne, e um amigo conhecido como Macarrão.

Na segunda, a polícia recebeu uma denúncia de que o corpo da jovem foi jogado na Lagoa Suja, que fica no mesmo município. Bombeiros fizeram buscas no local na segunda (5) e na manhã desta terça, mas não encontraram nada significativo para as investigações. Um cão farejador ajudou a vasculhar o entorno da lagoa.

Outro depoimento


Na manhã desta terça-feira, a mãe de criação de Bruno foi ouvida em casa, em Ribeirão das Neves. A conversa foi mantida em sigilo. Ela não precisou ir até a delegacia devido à idade avançada.

Pelo menos 30 pessoas já foram ouvidas no inquérito. A Polícia Civil deve enviar um representante nos próximos dias a São Paulo para recolher o material que está no notebook de Eliza.
Por: globo.com

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