sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Val desencanta, e Flamengo vence Atlético-GO na estreia de Luxa

Vitória por 2 a 0 tem Diego Maurício, autor do segundo gol, como melhor em campo. Time carioca sai das cercanias do Z-4

Foi de joelhos e com as mãos em direção ao céu atrás de uma das balizas do Raulino de Oliveira que Val Baiano comemorou a cabeçada redentora. Depois de virar motivo de chacota e de amargar um jejum de dez partidas no Flamengo, o atacante apareceu para abrir o placar na estreia de Vanderlei Luxemburgo na noite desta quinta-feira. Diego Maurício, o melhor em campo, fechou o placar na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO após 28 rodadas do Campeonato Brasileiro.

O placar foi magro, mas a disposição da equipe, não. Apoiados pelos empolgados torcedores de Volta Redonda, os jogadores atuaram quase todo o tempo no campo rival. E a se a dupla Diogo e Deivid não correspondeu – o primeiro saiu machucado e o segundo teve atuação ruim -, os atacantes que Vanderlei Luxemburgo colocou em campo resolveram.

A estreia vitoriosa do novo treinador coloca o Flamengo, que não vencia há cinco jogos, na 14ª posição, com 33 pontos, a cinco da zona de rebaixamento. O Atlético-GO, com a terceira derrota seguida, se mantém no Z-4, em 18º, com 24 pontos. O time comandado por Renê Simões permaneceu no campo defensivo por 90 minutos e sofreu o castigo pela covardia.

Novo técnico, velhos problemas no Fla

O clima na chuvosa noite de quinta-feira era favorável ao Flamengo. A torcida não lotou, mas compareceu em número razoável ao estádio. E o apelo da grife Luxemburgo funcionou. O treinador entrou em campo com um impecável terno preto e foi tão ou mais festejado que os jogadores.

Dentro de campo, porém, o time repetiu erros de partidas anteriores e apesar de rondar a área do Atlético-GO pouco finalizou. Aos 19, Diogo pediu para ser substituído por causa de dores no tornozelo direito. Diego Maurício o substituiu. A primeira chance foi aos 22, quando Petkovic cobrou falta lateral, e Willians desviou para fora. Nos dois dias de treino tático que deu, Luxemburgo ensaiou essa jogada.



Encolhido, o time visitante arriscou finalizações de longe, sem direção. Mas conseguiu controlar com certa facilidade os ataques do adversário. Principalmente por causa da lentidão de Petkovic, dos erros de passe de Correa e do estado letárgico de Deivid. Situações repetidas no Flamengo. Seja de Silas ou de Luxemburgo.

Apenas a velocidade de Diego Maurício destoava do ritmo rubro-negro. Aos 30, ele arrancou e tocou para Correa. O volante girou e chutou à esquerda do gol de Márcio. Mas foi só. O primeiro tempo terminou com uma sequência de passes errados e chutes para o alto de corar de raiva qualquer torcedor.

Val Baiano e Diego Maurício decidem

No intervalo, Luxemburgo detectou o problema na ligação entre meio-campo e ataque e trocou Kleberson por Marquinhos. No primeiro lance, Diego Maurício iniciou jogada e Correa terminou. Márcio se esticou e colocou para escanteio.



O Atlético-GO era praticamente nulo do meio-campo para frente. E o Flamengo apertava. Só que Deivid errava na mesma proporção. Sorte dos mandantes que havia um Diego Maurício em campo para, pelo menos, ameaçar. Ele arrancou pela direita aos e bateu forte. Márcio espalmou e a bola foi no lado de fora da rede. Enquanto isso, o Dragão não acertou nem falta quase na linha da grande área.

Deivid saiu, e Val Baiano, quem diria, entrou aplaudido. A confiança deu frutos. Aos 30 minutos, Marquinhos cruzou da direita, Val subiu na segunda trave e cabeceou com estilo, no canto esquerdo de Márcio: 1 a 0, alívio para o atacante, euforia de Luxemburgo e reconhecimento da torcida: “Ah, é Val Baiano”.

O Atlético-GO ensaiou uma pressão, mas, por merecimento, Diego Maurício tinha que fazer o dele. E fez. Recebeu passe de Juan, aos 40, e bateu colocado no canto esquerdo do goleiro do Dragão. A torcida agradeceu a ele e ao treinador. O jogo terminou com gritos de “Luxa”.

Após o jogo, os jogadores se uniram dentro de campo para fazer uma corrente positiva e festejar juntos a importante vitória. Val Baiano e Diego Maurício, os heróis da partida, jogaram suas camisas para a torcida.

Por: Eduardo Peixoto

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