segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Diogo chega ao Rio e avisa: ‘Eu e Deivid não somos a salvação’

Jogador nunca atuou no Maracanã e imagina primeiro gol pelo Fla: ‘Vou ficar maluco’. Ele pode estrear contra o Atlético-MG, na quinta

Diogo assistiu à derrota do Flamengo para o Atlético-PR por 1 a 0 e repetiu diversas vezes: “Faltou sorte, faltou sorte”. Se a ansiedade para a estreia dele – e de Deivid – já era grande, a nova demonstração da fraqueza ofensiva do time aumentou a responsabilidade. E ele sabe disso. O atacante de 23 anos está no Rio de Janeiro e realiza exames médicos à espera da apresentação, marcada para o fim da tarde desta segunda-feira.


- Sei que a expectativa é grande até porque viemos do exterior e o Flamengo fez muito esforço para nos contratar. A cobrança vai existir. Eu e Deivid não somos a salvação. Quero somar e ajudar meus companheiros – declarou.

Diogo e Deivid nem se conhecem e nunca se falaram. Só que, no papel, já se transformaram na esperança para reverter a campanha insossa no Campeonato Brasileiro. O Flamengo está na décima posição e nos últimos oito jogos só fez quatro gols – dois de pênalti.

- Pelo que vi do Deivid no Corinthians, concluo os nossos estilos de jogo se completam. Eu sou um cara que não para em campo. Tenho muita vontade, corro o jogo inteiro – afirmou Diogo, no lobby do hotel em que está hospedado, na Barra da Tijuca.

O diretor de futebol do Flamengo, Zico, afirmou no fim de semana que gostaria que o novo contratado estreasse na partida contra o Atlético-MG, quinta-feira, no Maracanã. Jogar no lendário estádio será novidade para o paulista.

- Nunca joguei no Maracanã. Estou muito ansioso para ver a torcida do Flamengo, a maior do Brasil. Vou ficar maluco quando fizer o primeiro gol. Vamos ver como será a comemoração, na hora surge algo. Estou há cinco dias sem treinar por causa da negociação, mas fiz toda a pré-temporada com o Olympiacos. Ainda não sei se vou jogar. Vamos ver – disse.

Técnico tenta mantê-lo até o último minuto
O advogado do jogador, Bichara Neto, confirmou que o técnico do Olympiacos tentou impedir a transferência, mas a vontade de Diogo falou mais alto:

- No último momento, como o Olympiacos não tinha contratado ninguém, o Ernesto Valverde estava preocupado com quem seria o substituto. O Diogo, no dia seguinte ao amistoso contra o Deportivo, teve uma conversa com o treinador e pediu para ser emprestado.

O próprio jogador confirma que não tinha motivação para continuar na Grécia nesta temporada.

- Só disputaríamos o Campeonato Grego e a copa nacional, torneios que não dão visibilidade. Queria voltar.

Para tê-lo até o fim de julho de 2011, o Flamengo desembolsou € 1 milhão (cerca de R$ 2,3 milhões).

Por: Eduardo Peixoto

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