sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Jogadores esperam que Pet e Renato recuperem a melhor forma em breve

Meias sentem o desgaste físico e não conseguem render o máximo. 'Às vezes, é mais viável que joguem 30 minutos e rendam 100%', diz Correa


Fôlego e vitórias. Necessidades do Flamengo para reagir no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro vive um momento de instabilidade na competição e não vence há quatro rodadas. O ataque tem sido o setor mais criticado, já que nos últimos oito jogos passou em branco. Mas a criação também está devendo. Renato e Petkovic não têm conseguido render o que se espera deles. Cada um com suas dificuldades. Renato estava no Al Shabab, dos Emirados Árabes, onde a carga de treinos é bem menos intensa. Aos 37 anos, Pet não suporta 90 minutos em nível máximo, especialmente num momento em que a maratona de jogos exige recuperação rápida.

O volante Correa trata os dois casos com naturalidade, mas vê a necessidade de um planejamento específico para que Pet e Renato não sintam tanto a falta de ritmo e o cansaço, fatores que, segundo ele, implicam num desequilíbrio físico da equipe, como o que ocorreu na última quarta-feira, na derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, em Uberlândia. A velocidade dos mineiros foi superior e chamou a atenção.

- No caso do Pet, pela idade, isso já era previsto. O Renato ficou, se não me engano, três anos fora. Lá nos Emirados Árabes não se treina no mesmo ritmo. Passei por isso quando voltei da Ucrânia. A adaptação é demorada. Aquele que entrar tem de estar 100%. Não temos gordura para queimar. São jogadores importantes, mas às vezes é mais viável que eles joguem 30 minutos e rendam 100%. O grupo está todo preparado e o professor vai fazer a melhor escolha. Quando os resultados negativos acontecem, se fala de tudo. Alguns chegaram agora, outros não participaram da pré-temporada. O desequilíbrio acontece. Temos de levar na base da superação. O trabalho está sendo feito, mas os resultados não estão acontecendo dentro de campo. Temos de ver onde erramos, mas o tempo para treinar é curto, vai ter de ser na base da conversa – analisou.

Prestes a estrear pelo Rubro-Negro, o atacante Deivid reconhece que o momento dos companheiros demanda paciência. Ele mesmo disse nesta quinta-feira que ainda não alcançou a melhor condição física. Contra o Santos, domingo, no Maracanã, fará um esforço para ajudar o time a deixar o 15º lugar, com 21 pontos, para trás.

- Para jogar o Brasileiro tem de estar 70, 80% bem. O Renato jogou no mundo árabe, totalmente diferente daqui, tem um tempo para se adaptar. Só que esse tempo tem de ser reduzido. O torcedor quer que o jogador entre e resolva. Quando estiver bem fisicamente, o Pet vai encontrar o seu grande futebol do ano passado. O Flamengo tem grande chance de brigar pelo menos por uma vaga na Libertadores – comentou.

Recém-chegado, Silas parece preocupado com a forma de jogadores que vêm de inatividade ou em idade avançada. A pedido dele, o Flamengo trocou o preparador físico. Na última segunda-feira, o clube acertou com Emerson Buck para o lugar de Toninho Oliveira. Após a derrota para o Cruzeiro, o treinador disse que o time terá de se condicionar jogando.

Por: Richard Souza

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