sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Prisão preventiva de Bruno, amante e mais sete é decretada pelo MP

'Bruno é mandante e executor do crime', diz o promotor que denunciou os suspeitos por quatro crimes


O promotor Gustavo Fantini revelou, em um comunicado distribuído à imprensa, na manhã desta quinta-feira, que todos os nove indiciados no caso do desaparecimento e morte de Eliza Samudio foram denunciados por quatro crimes. Todos vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Depois, em entrevista coletiva, o promotor disse que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues expediu o mandado de prisão preventiva para todos os denunciados. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais não confirma a informação.

Oito já estão presos: o goleiro Bruno; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Marcos Aparecido dos Santos, o Bola; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; e Wemerson Marques. A namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, que mora no Rio de Janeiro, completa a lista.

- Foram expedidos todos os mandados de prisão preventiva, inclusive da Fernanda (única que permanece em liberdade). Caso ela não se apresente para a polícia, será considerada foragida. Eles ficam presos até que sejam revogadas as preventivas - disse Fantini.

A assessoria de imprensa do TJMG não confirma que os mandados de prisão tenham sido expedidos.

De acordo com o comunicado da promotoria, a soma de todas as provas apresentadas pela polícia, principalmente pericial e documental, além dos depoimentos, aponta para a existência de materialidade do assassinato de Eliza Samudio.

O inquérito foi concluído pela polícia no dia 29 de julho. Segundo o promotor, à exceção de Bola, todos os outros foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado e corrupção de menor. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Fantini não aceitou o indiciamento por formação de quadrilha.

- Não havia prova de estabilidade, ou seja, se eles se reuniam com rotina para poder premeditar um crime - disse.

Materialidade indireta


- O corpo de Eliza Samúdio não foi encontrado, mas todas as outras provas que são contundentes suprimem o relatório de necropsidade - afirmou Fantini.

Ele disse que se baseou nas provas criminais, que são incontestáveis, como o sangue encontrado na Range Rover que seria de Eliza, e os extratos de ligações telefônicas entre os envolvidos, sem citar nomes. O promotor disse que não pode dar mais detalhes pelo fato do caso correr em segredo de Justiça.

- Bruno é o mandante e executor do crime - disse o promotor, explicando que por "executor" entende-se que ele participou de todos os passos na condução de Eliza do Rio de Janeiro para Belo Horizonte em companhia de Fernanda.

Fantini afirmou que os indiciados serão citados em um prazo de dez dias. Em seguida haverá uma fase de instrução criminal realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais, no qual os advogados dos envolvidos vão poder defender os clientes. Juíza vai decidir se aceita a denúncia e como será feito o julgamento.

Sobre a questão de se o crime ocorreu em Contagem ou Vespasiano, ele diz que isso não prejudica o processo.

- Independentemente da comarca, crime é plurilocal, porque começou a acontecer no Rio, com a busca de Eliza, passou por Esmeraldas (MG), depois Eliza teria sido morta em Vespasiano (MG) - finalizou o promotor.

Por: globominas.com

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