sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Contratado como salvação, Deivid não joga no ataque há quatro anos

O Flamengo anunciou a contratação de Deivid como grande reforço para o ataque da equipe, setor que sofre desde as saídas de Adriano e Vagner Love, no primeiro semestre. Mas o jogador, vindo do Fenerbahce, não vinha sendo no clube turco o centroavante com presença de área que o caracterizava nos tempos de Corinthians, Cruzeiro e Santos.

Nos últimos quatro anos, Deivid vinha jogando mais recuado, no lado direito do meio-campo do Fenerbahce, que costuma jogar com um 4-4-2 clássico. O também brasileiro Alex, ex-Palmeiras e Cruzeiro, atuou nos últimos anos até mais avançado do que Deivid, fazendo por vezes o papel de segundo atacante.

Curiosamente, foi Zico - hoje diretor do Flamengo - quem deu a Deivid a chance de mudar de função em campo. Quando o jogador chegou ao clube, em 2006, pediu ao então treinador da equipe que lhe escalasse um pouco mais recuado. Zico atendeu, e montou o time com Deivid chegando como terceiro homem de ataque. Algo bem diferente da função de centroavante que ele exerceu por muito tempo.


Na maior campanha da história do clube recentemente, a chegada às quartas de final da Champions League de 2007/08, Deivid já exercia a função de quarto homem de meio. No time que venceu o Chelsea por 2 a 1 em Istambul, no primeiro jogo das quartas de final, ele formou a segunda linha ao lado de Mehmet Aurélio, Maldonado e Boral. O ataque tinha Alex e Kezman, que depois deu lugar a Semih Senturk.

Na segunda patida, a derrota por 2 a 0 para os ingleses em Stanford Bridge, que causou a eliminação dos turcos, Deivid novamente fechou a linha de quatro do meio campo, ao lado de Mehmet Aurélio, Maldonado e Kazim; Alex e Senturk, depois substituído por Boral, foram os atacantes.

A formação daquelas duas partidas, as mais conhecidas do Fenerbahce no Brasil, repetiu-se por quase todos os jogos que Deivid fez no clube turco. No Flamengo, ele possivelmente terá de se readaptar a uma função que não exerce na plenitude há quatro anos.

Por: Luis Calvozo e Thiago Arantes

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