Atacante marca aos 40 minutos do segundo tempo o gol da vitória do Flamengo sobre o Nova Iguaçu por 1 a 0, no Engenhão
Dois de fevereiro de 2011, às 21h57m. Um Ronaldinho saltitante entra pela primeira vez em campo como jogador do Flamengo. E já marcado. Não por adversários, mas por cinegrafistas que o acompanham até o limite da linha lateral. Último da fila, agita pernas e braços sem parar, como se fosse um boxeador a caminho do ringue. À espera do craque, um mosaico gigante da torcida rubro-negra: “Bem-vindo, R10”. Mas, se não fosse pelo reserva Wanderley, a festa terminaria com o gosto amargo do empate. O atacante entrou no segundo tempo e fez, com oportunismo, aos 40 minutos, o gol da vitória sobre o Nova Iguaçu, por 1 a 0, no jogo que foi válido pela quinta rodada do Grupo A da Taça Guanabara.
Com o resultado, o Fla chegou aos 15 pontos, com 100% de aproveitamento, deixando o Resende, que venceu o Boavista, em segundo, com 13. O time da Baixada Fluminense fica com oito, na quarta posição.
Ansiedade e festa minutos antes da estreia
Depois do cumprimento coletivo dos jogadores no círculo central e da pose para a primeira foto com o time, pedaladas no ar, sem bola, e uma sequência de piques. Havia mais 21 atletas no gramado, mas o momento era só do craque. Ronaldinho no campo, Ronaldinhos nas arquibancadas, com mais de 42 mil pessoas. Antes de a bola rolar, outra homenagem. O capitão Léo Moura o conduziu até o árbitro para o sorteio. Ali, passou a braçadeira ao novo camisa 10 e teve o nome gritado pelos torcedores. A decisão foi do técnico Vanderlei Luxemburgo
Craque oscila em campo
O clube distribuiu máscaras do astro aos torcedores. Setor por setor, o jogador acenou aos fãs em sinal de referência e agradecimento. Com a bola rolando, oscilou entre passes errados e lampejos de quem já foi por duas vezes o melhor jogador do mundo. Se esforçou, reclamou, comandou o time, marcou, mas ficou claro que sentiu a falta de entrosamento.
O primeiro passe de R10, sob gritos histéricos da torcida, foi errado, no peito do zagueiro Alex Moraes. Em seguida, a tentativa de um chapéu também parou na defesa do Nova Iguaçu, dessa vez no lateral-direito Foca.
Aos nove minutos, quase gol do Nova Iguaçu: Ronaldinho, que atuou como um meia de ligação, sem posição fixa, cobrou falta na área, e a zaga afastou. No contra-ataque, Alex Faria tabelou com Willians e recebeu na cara de Felipe. Mas, louco para entrar para o “Inacreditável Futebol Clube”, chutou para fora, à esquerda do goleiro. Aos 13, ótima chance para o Fla. Ronaldinho cobrou falta na cabeça de Thiago Neves, que pegou muito mal na bola, jogando-a longe do gol.
Aos 21, a galera foi ao delírio. Ronaldinho tabelou de calcanhar com Deivid e depois tocou com categoria para Renato, que entrava como um foguete pela esquerda. Mas o meia, deslocado para a lateral, mandou a bola na arquibancada.
O jogo era muito corrido, com o time rubro-negro sofrendo para se desvencilhar da defesa da equipe da Baixada Fluminense. Thiago Neves, por exemplo, até tentou, mas conseguiu criar muito pouco. Por outro lado, o adversário quase não assustava Felipe.
Aos 37, Ronaldinho cobrou falta de meia distância com estilo, mas Diogo Silva salvou de mão trocada o que seria o primeiro gol do craque com a camisa rubro-negra. Três minutos depois, Léo Moura cruzou da direita para o Gaúcho, no segundo pau. O zagueiro Leonardo se assustou tanto que quase marcou contra. Apito final, e antes de ir para o vestiário, Ronaldinho disse que o time precisava ter ainda mais posse de bola.
- Temos que ficar mais com a bola para cansar o time deles - ensinou.
Muito suor, pouca inspiração após o intervalo
O segundo tempo começou com os dois times sem modificações, e o que se viu dentro de campo foi uma repetição dos primeiros 45 minutos: o Flamengo com a bola, e o time de laranja firme na marcação, sem dar espaços em sua defesa. Aos 12, Luxemburgo chamou Bottinelli, que estrearia, e Wanderley para conversar provocando aplausos da torcida, que já mostrava insatisfação com o time. Os dois entraram nas vagas de Vander e Deivid, respectivamente.
E o atacante que acabara de entrar arriscou seu primeiro chute em seguida, aos 15. De canhota, mandou a bola rente à trave esquerda de Diogo Silva. Após a parada técnica, aos 20, o primeiro lance de Ronaldinho, que andava sumido. Ele chutou de fora da área, mas fraquinho, sem sustos para o goleiro.
Preocupada com a apatia da equipe, que demonstrava cansaço, a torcida do Flamengo tentou animar os jogadores cantando. E o time melhorou um pouco. Aos 31, Wanderley fez boa jogada pela esquerda, cruzou, Ronaldinho matou a bola e tocou para Thiago Neves, que chutou por cima do travessão. Pouco depois, Léo Moura acertou um belo chute, sem deixar a bola cair, para bela defesa de Diogo.
E, mais uma vez, quem brilhou e saiu como louco em direção à torcida foi Wanderley. Aos 40, Egídio tocou para Thiago Neves na esquerda. O meia invadiu a área e chutou cruzado. Diogo defendeu, mas deu rebote, e o novo xodó rubro-negro tocou com o bico do pé direito para fazer seu quarto gol no Carioca. Contra o Americano, na terceira rodada, ele também entrou no segundo tempo e fez os dois gols da vitória por 2 a 0.
Pronto, a festa estava garantida. Sem gol de Gaúcho, mas até que o craque não foi mal. Após o apito final, sozinho no meio de campo, ele beijou o escudo do clube e foi reverenciado, mais uma vez, pela galera.
Na próxima rodada, domingo, às 17h (de Brasília), o Flamengo enfrenta o Boavista, em Macaé. Se vencer, garante antecipadamente uma vaga nas semifinais. O Nova Iguaçu encara o Resende, na casa do adversário, só que no sábado, às 17h.
Por: globoesporte.com
Dois de fevereiro de 2011, às 21h57m. Um Ronaldinho saltitante entra pela primeira vez em campo como jogador do Flamengo. E já marcado. Não por adversários, mas por cinegrafistas que o acompanham até o limite da linha lateral. Último da fila, agita pernas e braços sem parar, como se fosse um boxeador a caminho do ringue. À espera do craque, um mosaico gigante da torcida rubro-negra: “Bem-vindo, R10”. Mas, se não fosse pelo reserva Wanderley, a festa terminaria com o gosto amargo do empate. O atacante entrou no segundo tempo e fez, com oportunismo, aos 40 minutos, o gol da vitória sobre o Nova Iguaçu, por 1 a 0, no jogo que foi válido pela quinta rodada do Grupo A da Taça Guanabara.
Com o resultado, o Fla chegou aos 15 pontos, com 100% de aproveitamento, deixando o Resende, que venceu o Boavista, em segundo, com 13. O time da Baixada Fluminense fica com oito, na quarta posição.
Ansiedade e festa minutos antes da estreia
Depois do cumprimento coletivo dos jogadores no círculo central e da pose para a primeira foto com o time, pedaladas no ar, sem bola, e uma sequência de piques. Havia mais 21 atletas no gramado, mas o momento era só do craque. Ronaldinho no campo, Ronaldinhos nas arquibancadas, com mais de 42 mil pessoas. Antes de a bola rolar, outra homenagem. O capitão Léo Moura o conduziu até o árbitro para o sorteio. Ali, passou a braçadeira ao novo camisa 10 e teve o nome gritado pelos torcedores. A decisão foi do técnico Vanderlei Luxemburgo
Craque oscila em campo
O clube distribuiu máscaras do astro aos torcedores. Setor por setor, o jogador acenou aos fãs em sinal de referência e agradecimento. Com a bola rolando, oscilou entre passes errados e lampejos de quem já foi por duas vezes o melhor jogador do mundo. Se esforçou, reclamou, comandou o time, marcou, mas ficou claro que sentiu a falta de entrosamento.
O primeiro passe de R10, sob gritos histéricos da torcida, foi errado, no peito do zagueiro Alex Moraes. Em seguida, a tentativa de um chapéu também parou na defesa do Nova Iguaçu, dessa vez no lateral-direito Foca.
Aos nove minutos, quase gol do Nova Iguaçu: Ronaldinho, que atuou como um meia de ligação, sem posição fixa, cobrou falta na área, e a zaga afastou. No contra-ataque, Alex Faria tabelou com Willians e recebeu na cara de Felipe. Mas, louco para entrar para o “Inacreditável Futebol Clube”, chutou para fora, à esquerda do goleiro. Aos 13, ótima chance para o Fla. Ronaldinho cobrou falta na cabeça de Thiago Neves, que pegou muito mal na bola, jogando-a longe do gol.
Aos 21, a galera foi ao delírio. Ronaldinho tabelou de calcanhar com Deivid e depois tocou com categoria para Renato, que entrava como um foguete pela esquerda. Mas o meia, deslocado para a lateral, mandou a bola na arquibancada.
O jogo era muito corrido, com o time rubro-negro sofrendo para se desvencilhar da defesa da equipe da Baixada Fluminense. Thiago Neves, por exemplo, até tentou, mas conseguiu criar muito pouco. Por outro lado, o adversário quase não assustava Felipe.
Aos 37, Ronaldinho cobrou falta de meia distância com estilo, mas Diogo Silva salvou de mão trocada o que seria o primeiro gol do craque com a camisa rubro-negra. Três minutos depois, Léo Moura cruzou da direita para o Gaúcho, no segundo pau. O zagueiro Leonardo se assustou tanto que quase marcou contra. Apito final, e antes de ir para o vestiário, Ronaldinho disse que o time precisava ter ainda mais posse de bola.
- Temos que ficar mais com a bola para cansar o time deles - ensinou.
Muito suor, pouca inspiração após o intervalo
O segundo tempo começou com os dois times sem modificações, e o que se viu dentro de campo foi uma repetição dos primeiros 45 minutos: o Flamengo com a bola, e o time de laranja firme na marcação, sem dar espaços em sua defesa. Aos 12, Luxemburgo chamou Bottinelli, que estrearia, e Wanderley para conversar provocando aplausos da torcida, que já mostrava insatisfação com o time. Os dois entraram nas vagas de Vander e Deivid, respectivamente.
E o atacante que acabara de entrar arriscou seu primeiro chute em seguida, aos 15. De canhota, mandou a bola rente à trave esquerda de Diogo Silva. Após a parada técnica, aos 20, o primeiro lance de Ronaldinho, que andava sumido. Ele chutou de fora da área, mas fraquinho, sem sustos para o goleiro.
Preocupada com a apatia da equipe, que demonstrava cansaço, a torcida do Flamengo tentou animar os jogadores cantando. E o time melhorou um pouco. Aos 31, Wanderley fez boa jogada pela esquerda, cruzou, Ronaldinho matou a bola e tocou para Thiago Neves, que chutou por cima do travessão. Pouco depois, Léo Moura acertou um belo chute, sem deixar a bola cair, para bela defesa de Diogo.
E, mais uma vez, quem brilhou e saiu como louco em direção à torcida foi Wanderley. Aos 40, Egídio tocou para Thiago Neves na esquerda. O meia invadiu a área e chutou cruzado. Diogo defendeu, mas deu rebote, e o novo xodó rubro-negro tocou com o bico do pé direito para fazer seu quarto gol no Carioca. Contra o Americano, na terceira rodada, ele também entrou no segundo tempo e fez os dois gols da vitória por 2 a 0.
Pronto, a festa estava garantida. Sem gol de Gaúcho, mas até que o craque não foi mal. Após o apito final, sozinho no meio de campo, ele beijou o escudo do clube e foi reverenciado, mais uma vez, pela galera.
Na próxima rodada, domingo, às 17h (de Brasília), o Flamengo enfrenta o Boavista, em Macaé. Se vencer, garante antecipadamente uma vaga nas semifinais. O Nova Iguaçu encara o Resende, na casa do adversário, só que no sábado, às 17h.
Por: globoesporte.com
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