Meia é o vice-artilheiro do time na temporada, atrás de Ronaldinho, Wanderley e Deivid
Beijos e abraços carinhosos das filhas Karen e Rebeka e da esposa Karina. Este foi o prêmio de Renato após o jogo contra o Duque de Caxias, no último sábado. Autor do primeiro gol e com participação direta no segundo (contra, de Hamilton), o meia foi o destaque da vitória por 2 a 0, resultado que interrompeu a incômoda série de três empates seguidos do Flamengo na Taça Rio.
- Não que eu seja decisivo, mas nesse momento todos nós temos que aparecer. Fui feliz no primeiro gol, mas acho que em cada jogo cada um tem o seu momento. Desta vez o momento foi meu, em outros jogos outros jogadores resolveram. Cada um ajuda de uma maneira.
Renato tem quatro gols na temporada, um a menos que os artilheiros do time (Ronaldinho, Wanderley e Deivid). O momento goleador não o surpreende. Em 169 partidas pelo clube, marcou 54 vezes.
- Claro que minha função talvez não seja a mesma de 2005, 2006 e 2007, de fazer sempre gols, de estar cobrando faltas. A responsabilidade é dividida agora. Ronaldinho tem uma função, Thiago (Neves) tem outra e assim vai. Sábado eu não participei tanto na hora de chutar a gol, mas é a função que venho fazendo, para que os jogadores da frente possam trabalhar com mais tranquilidade. Quando aparece uma chance, tem de estar sempre ajudando. Fui feliz. Não posso perder esse faro de gol. Gosto e acabei me acostumando. O torcedor também se acostumou a me ver fazendo gols de fora da área. Para mim, está sendo excelente.
De Léo Moura para Welinton, de Welinton para Renato, de Renato para o ângulo. O camisa 11 tem o hábito de fazer gols bonitos e de fora da área. Nesta temporada, marcou contra América e Duque de Caxias, pelo estadual, e Murici-AL e Fortaleza, pela Copa do Brasil.
- Com o chute que tenho, da maneira que bato na bola, quando acerto, acaba saindo um gol bonito. Espero que muitos gols saiam e que os jogadores dos outros times não marquem tanto o meu chute. Se acontecer novamente, que seja um bonito gol.
Criticado pela torcida, o Flamengo jogou pressionado contra o Duque de Caxias. O grupo, no entanto, conseguiu dar uma resposta. Especialmente Renato.
- Nos momentos em que mais precisamos, acabo me concentrando mais, acabo tendo uma outra postura, tirando força do além. É uma coisa que tenho dentro de mim, espírito de luta, de grupo. Nas horas de decisão, procuro ajudar na frente, atrás. A função que tive contra o Duque de Caxias, e que venho tendo, gera um desgaste grande. Pude ajudar na frente e atrás, acabei passando para a ala, participando do segundo gol também. Vou procurando fazer o melhor dentro de campo e tem dado resultado.
Com Ronaldinho e Thiago Neves no time, Luxemburgo recuou Renato para a função de terceiro homem de meio-campo. Assim como em outros momentos da temporada, ele foi improvisado como lateral-esquerdo durante o jogo.
Confira outros trechos da entrevista:
Protestos da torcida: página virada
"A torcida talvez tenha protestado de uma forma que acabou atingindo os jogadores (no jogo contra o Madureira, em Macaé). Mas isso faz parte do passado, nós sabemos que acontece sempre no Flamengo. Não será a primeira nem a última vez. É uma página virada, temos que apagar. Importante é a retomada das vitórias. Vamos para uma semana de trabalho, temos de focar na Copa do Brasil e na Taça Rio. O que passou, passou. A torcida entendeu."
Volta da boa fase
"Eu sempre me senti à vontade no Flamengo. Ano passado, muitas coisas aconteceram: a saída do Zico, que foi uma parte conturbada; a chegada de muitos jogadores no meio do ano, quando não houve o entrosamento adequado. Sempre coloquei que não estava bem fisicamente e quando estivesse começando um campeonato, uma pré-temporada com o time, a evolução seria boa. Participei desde o começo, o entrosamento dos jogadores foi bom. É claro que ainda faltam algumas coisas para encaixar, mas não é nada desesperador. Durante a semana vamos treinar isso. O momento é tranquilo não só por estarmos invictos (19 jogos, sendo dois amistosos preparatórios), pela conquista da Taça Guanabara, mas o momento do Flamengo é muito bom. Todos se dão bem dentro e fora de campo. As cobranças do treinador e dos jogadores são bem aceitas. Isso faz com que o ambiente fique tranquilo."
Divisão de responsabilidade
"O bom é que a equipe tem vários jogadores que podem resolver em um chute, em uma falta, em uma jogada individual. O importante é isso. Quando não sou eu, é o Thiago, Léo (Moura), Ronaldinho, um zagueiro. Mais importante é que o coletivo está fazendo bem feito."
Semana de treinos em Atibaia (SP)
"O grupo reagiu bem. Temos uma semana inteira de trabalho, vamos trabalhar, e espero que nossa equipe possa voltar bem para o clássico de domingo (contra o Botafogo), que vai ser muito difícil."
Por: Richard Souza
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