terça-feira, 1 de março de 2011

Zico, sobre gol de R10: 'Quando vi a barreira e o goleiro, senti que ia ser'

Especialista em faltas, ídolo elogia batida do novo camisa 10 da Gávea

Zico viu a final da Taça Guanabara pela televisão. Estava tenso com a dificuldade do Flamengo para abrir o placar diante do retrancado Boavista. Quando Thiago Neves foi derrubado na entrada da área, aos 33 do segundo tempo, o eterno ídolo rubro-negro sentiu o bom momento. Quando Ronaldinho ajeitou a bola, não teve dúvidas:

- Quando eu vi a armação da barreira e a posição do goleiro , senti que ia ser gol - comentou o Galinho na tarde desta segunda-feira, em evento para o lançamento de seus novos campos, na Zona Oeste do Rio.

Para Zico, a posição não era muito favorável. Mas o eterno camisa 10 da Gávea conhece o talento de seu sucessor. Sabia que Ronaldinho vinha treinando constantemente no Ninho do Urubu.

- Aquela posição, na verdade, nem era para um cara destro bater. Mas tanto o Ronaldinho como qualquer outro grande cobrador de falta tem de estar sempre se reinventando, para enganar o goleiro. Eu mesmo batia falta dos dois lados. E o Ronaldinho já provou que tem capacidade para isso.

O gol de falta mais importante da carreira de Zico também foi em uma final. Na decisão da Libertadores de 1981, cobrou com categoria diante do Cobreloa, no terceiro jogo, em Montevidéu (vitória rubro-negra por 2 a 0). Mas o preferido do Galinho é outro.

- Meu gol de falta mais marcante foi aquele do Cobreloa. Mas não foi o mais bonito. O que eu gosto mais é um contra o Fluminense, em 76. O Renato (ex-goleiro) tinha ido do Flamengo para o Fluminense e sabia do meu jeito de bater falta. Aí tive de ser mais eficiente. Fiz quatro gols naquele jogo. Outro muito bonito foi contra o Santa Cruz, em 1987.

O jogo contra o Santa Cruz aconteceu no dia 22 de novembro daquel ano e classificou o Flamengo para a semifinal contra o Atlético-MG. Já a partida contra o Fluminense foi válida pela Taça Nelson Rodrigues de 1976, um torneio amistoso, no dia 7 de março.

Por: Marcio Mará

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