Beijos de Bebeto para a mulher, Denise, após gol, vibração dividida do pai, um ex-colorado, e urubu jogado no campo marcam na final da Copa União
A atriz Christine Fernandes sempre arrumou tempo para dividir suas tarefas profissionais com as de esposa, mãe e... torcedora. Rubro-negra declarada, dessas de botar a camisa e ir para o Maracanã torcer alucinadamente, lembra com detalhes de um título. Afinal, decisão de campeonato é sempre um jogo especial. Melhor ainda com vitória. Fica sempre na memória. Na final da até hoje polêmica Copa União de 1987 entre Flamengo e Internacional - a CBF reconhece a conquista do Brasileiro para o Sport Recife -, a americana de Chicago, mas brasileira e carioca de carteirinha, lembra a euforia com que soltou o grito de "tetra" brasileiro após viver, naquele duelo vencido por 1 a 0, três momentos inesquecíveis.
A comemoração de Bebeto depois de marcar o gol, mandando beijos para a futura esposa, Denise, é o primeiro. A vibração apaixonada mas ao mesmo tempo "dividida" do pai, o gaúcho Antônio, flamenguista roxo desde a chegada ao Rio há mais de 40 anos, mas um antigo colorado, não passou em branco. E o urubu jogado pela torcida no campo que o ídolo Renato Gaúcho foi apanhar também acabou marcante.
- Aquela partida teve muito significado para mim. A Denise jogava vôlei comigo no Flamengo. Depois fui para o Bradesco Atlântica, mas continuamos muito amigas. Quando o Bebetinho fez aquele gol logo no início e mandou beijinhos para ela, fiquei muito feliz. Depois, ainda lhe dedicou a jogada. Foi lindo aquilo. Na comemoração, vibrei muito com meu pai, mas senti que o coração dele parecia apertado. Fiquei pensando: "Coitadinho do meu pai." Quando chegou ao Rio, assumiu logo o Flamengo, se apaixonou. Mas era uma decisão contra o Colorado, time pelo qual torcia antes... Sabia que, para ele, era uma final diferente... - disse Christine, vista recentemente nas telas da Globo no especial de fim de ano 'Diversão.com'.
A outra imagem inesquecível para Christine da partida foi quando a torcida jogou no gramado um urubu, ave-símbolo que no fim dos anos 60 virou mascote do Flamengo, desenhada pelo cartunista Henfil.
- Foi a maior vibração no Maracanã. Lembro que o urubu caiu perto do Taffarel, de quem eu sempre fui fã. Aí o Renato foi lá apanhá-lo. O meu pai já tinha contado a história de quando jogaram o urubu no campo pela primeira vez. O Flamengo não ganhava há muito tempo do Botafogo, e naquele dia venceu. Como na final do Brasileiro - afirmou, com autoridade de conhecer a história do clube.
O triunfo lembrado por Christine aconteceu em 1º de junho de 1969, em partida válida pelo Campeonato Carioca. O Flamengo não vencia o rival havia quatro anos, e saiu de campo com vitória por 2 a 1, gols de Arílson e Doval, com Paulo César Caju marcando pelo Alvinegro. Isso foi bem antes de a atriz nascer e viver ao lado do pai, no Maracanã, as belas tardes de domingo, como a de 13 de dezembro de 1987, apesar da chuva que caiu na cidade.
Naquela semana, inclusive, Christine, que já estudava nos EUA, voltou ao Brasil e fez questão de matar as saudades da família, do futebol e do clube do coração. O gol de Bebeto, aos 16 minutos do primeiro tempo, em passe preciso de Andrade, deixou o Flamengo, que empatara a primeira partida da final no Beira-Rio por 1 a 1, com domínio total da situação logo no início.
No segundo tempo, a equipe, treinada por Carlinhos e comandada em campo por Zico, que acabou substituído no fim e saiu ovacionado pela torcida, soube administrar o resultado e deu à atriz mais uma de tantas alegrias às vezes interrompidas pelas viagens desde quando se tornou modelo, antes de seguir a carreira atual.
- Em qualquer lugar que esteja, sempre procuro acompanhar. E aquele time era fantástico. Tinha Zico, Bebeto, Renato, Leandro, Andrade, Leonardo... O Zé Carlos no gol... O Edinho era do Flamengo! Adorava o Edinho... - lembrou Christine, que hoje não tem a companhia do pai para ver as partidas.
A atriz Christine Fernandes sempre arrumou tempo para dividir suas tarefas profissionais com as de esposa, mãe e... torcedora. Rubro-negra declarada, dessas de botar a camisa e ir para o Maracanã torcer alucinadamente, lembra com detalhes de um título. Afinal, decisão de campeonato é sempre um jogo especial. Melhor ainda com vitória. Fica sempre na memória. Na final da até hoje polêmica Copa União de 1987 entre Flamengo e Internacional - a CBF reconhece a conquista do Brasileiro para o Sport Recife -, a americana de Chicago, mas brasileira e carioca de carteirinha, lembra a euforia com que soltou o grito de "tetra" brasileiro após viver, naquele duelo vencido por 1 a 0, três momentos inesquecíveis.
A comemoração de Bebeto depois de marcar o gol, mandando beijos para a futura esposa, Denise, é o primeiro. A vibração apaixonada mas ao mesmo tempo "dividida" do pai, o gaúcho Antônio, flamenguista roxo desde a chegada ao Rio há mais de 40 anos, mas um antigo colorado, não passou em branco. E o urubu jogado pela torcida no campo que o ídolo Renato Gaúcho foi apanhar também acabou marcante.
- Aquela partida teve muito significado para mim. A Denise jogava vôlei comigo no Flamengo. Depois fui para o Bradesco Atlântica, mas continuamos muito amigas. Quando o Bebetinho fez aquele gol logo no início e mandou beijinhos para ela, fiquei muito feliz. Depois, ainda lhe dedicou a jogada. Foi lindo aquilo. Na comemoração, vibrei muito com meu pai, mas senti que o coração dele parecia apertado. Fiquei pensando: "Coitadinho do meu pai." Quando chegou ao Rio, assumiu logo o Flamengo, se apaixonou. Mas era uma decisão contra o Colorado, time pelo qual torcia antes... Sabia que, para ele, era uma final diferente... - disse Christine, vista recentemente nas telas da Globo no especial de fim de ano 'Diversão.com'.
A outra imagem inesquecível para Christine da partida foi quando a torcida jogou no gramado um urubu, ave-símbolo que no fim dos anos 60 virou mascote do Flamengo, desenhada pelo cartunista Henfil.
- Foi a maior vibração no Maracanã. Lembro que o urubu caiu perto do Taffarel, de quem eu sempre fui fã. Aí o Renato foi lá apanhá-lo. O meu pai já tinha contado a história de quando jogaram o urubu no campo pela primeira vez. O Flamengo não ganhava há muito tempo do Botafogo, e naquele dia venceu. Como na final do Brasileiro - afirmou, com autoridade de conhecer a história do clube.
O triunfo lembrado por Christine aconteceu em 1º de junho de 1969, em partida válida pelo Campeonato Carioca. O Flamengo não vencia o rival havia quatro anos, e saiu de campo com vitória por 2 a 1, gols de Arílson e Doval, com Paulo César Caju marcando pelo Alvinegro. Isso foi bem antes de a atriz nascer e viver ao lado do pai, no Maracanã, as belas tardes de domingo, como a de 13 de dezembro de 1987, apesar da chuva que caiu na cidade.
Naquela semana, inclusive, Christine, que já estudava nos EUA, voltou ao Brasil e fez questão de matar as saudades da família, do futebol e do clube do coração. O gol de Bebeto, aos 16 minutos do primeiro tempo, em passe preciso de Andrade, deixou o Flamengo, que empatara a primeira partida da final no Beira-Rio por 1 a 1, com domínio total da situação logo no início.
No segundo tempo, a equipe, treinada por Carlinhos e comandada em campo por Zico, que acabou substituído no fim e saiu ovacionado pela torcida, soube administrar o resultado e deu à atriz mais uma de tantas alegrias às vezes interrompidas pelas viagens desde quando se tornou modelo, antes de seguir a carreira atual.
- Em qualquer lugar que esteja, sempre procuro acompanhar. E aquele time era fantástico. Tinha Zico, Bebeto, Renato, Leandro, Andrade, Leonardo... O Zé Carlos no gol... O Edinho era do Flamengo! Adorava o Edinho... - lembrou Christine, que hoje não tem a companhia do pai para ver as partidas.
Seu Antônio agora acompanha só pela TV. Christine, a filha mais velha de uma família rubro-negra, vai ao estádio com o marido, o ator Floriano Peixoto, e o filho, Pedro, de sete anos. Ambos rubro-negros. O garoto, inclusive, dá os primeiros passos na escolinha rubro-negra. Como todo menino louco por futebol, sonha ser craque e busca inspiração em Messi, camisa 10 argentino que joga no Barcelona. O número da camisa e a posição são os mesmos do ídolo da mãe, desde menina encantada pelo Flamengo. E por Zico.
- Comecei a ir ao Maracanã com cinco, seis anos. Eu e meu pai íamos sempre de cadeiras especiais, que meu tio, tricolor, nos emprestava. Lembro quando saí do elevador do Maracanã, cheguei ali nas cadeiras e dei de cara com a torcida. Aquelas bandeiras, aquele colorido todo... A torcida do Flamengo causa um grande impacto. E aquela geração do Zico, do Junior, Adílio, Nunes, Mozer, Leandro, era especial. Conquistou tudo. Hoje, quando vejo o Zico me seguindo no Twitter, nem acredito - afirmou Christine, que logo em seguida fez questão de mostrar em sua máquina fotográfica foto posada de tiete ao lado do Galinho.
Outra partida lembrada pela atriz, cuja última novela em que trabalhou foi "Viver a vida", de Manoel Carlos, foi a goleada de 6 a 0 sobre o Botafogo, em 1981, pouco antes da avalanche de conquistas naquele ano - o time ganhou Carioca, Libertadores e Mundial de Clubes em menos de um mês.
- Dos gols eu me recordo vagamente. A imagem que mais me marcou foi uma entrevista com o Tita, contando que estava no Maracanã quando o Flamengo levou de 6 do Botafogo (em 1972) e, ainda juvenil, sonhava um dia dar esse troco. E naquele dia conseguiu. Isso para quem já foi atleta, como eu, acaba marcando. Sempre temos essa ideia na cabeça, de um dia podermos dar o troco.
Agora longe das quadras de vôlei e perto das câmeras de TV, Christine procura de alguma forma continuar ligada ao esporte não só como torcedora. Ataca de blogueira no Urubu News, site de uma torcida organizada rubro-negra. Uma boa saída para se aproximar de uma de suas paixões.
Por: Márcio Mará
Nenhum comentário:
Postar um comentário