domingo, 19 de dezembro de 2010

'Faltou o título no Fla, e isso ainda vai acontecer. Mas não agora', diz Love

Atacante do CSKA, que jogou pelada organizada por amigo tricolor em sítio no sábado, lembra que há um ano vivia ansiedade de ir para o Rubro-Negro

Há um ano, o velho encontro que já dura dez anos e voltou a acontecer neste sábado à tarde no sítio Shangrilá, do amigo e corretor de imóveis Nilson Fernandes, reunia na tradicional pelada no campinho Vagner Love e amigos de infância e adolescência. Mas a alegria pelo reencontro na época era dividida pela ansiedade do acerto com o Flamengo, clube de coração.

O sonho do atacante de vestir a camisa rubro-negra, fazer gols e comemorar com a torcida foi realizado. Love tornou-se até artilheiro do Campeonato Carioca, com 15 gols, teve importância na campanha da Libertadores, da qual o time acabou eliminado nas quartas, e no início do Brasileiro - depois, precisou voltar ao CSKA, da Rússia, e mesmo assim manteve-se como o maior goleador rubro-negro na temporada, com 23 gols. Mas faltou o algo mais, que o atacante ainda promete.

- Lembro que no ano passado, quando vim para a pelada, a transação já estava bem encaminhada, só que eu não podia falar nada. Tinha que ter a liberação do CSKA para o empréstimo. Mas Papai Noel me deu um presentão e pude acertar com o Flamengo. Foi uma passagem maravilhosa a que tive no clube. Queria pode ter feito mais, ter continuado, conquistado o título, que faltou. Nem que fosse o Carioca. Isso ainda vai acontecer mais para a frente, com certeza. Mas não agora...

imprimir Há um ano, o velho encontro que já dura dez anos e voltou a acontecer neste sábado à tarde no sítio Shangrilá, do amigo e corretor de imóveis Nilson Fernandes, reunia na tradicional pelada no campinho Vagner Love e amigos de infância e adolescência. Mas a alegria pelo reencontro na época era dividida pela ansiedade do acerto com o Flamengo, clube de coração.

Ano passado, quando vim para a pelada, a transação com
o Fla estava encaminhada"O sonho do atacante de vestir a camisa rubro-negra, fazer gols e comemorar com a torcida foi realizado. Love tornou-se até artilheiro do Campeonato Carioca, com 15 gols, teve importância na campanha da Libertadores, da qual o time acabou eliminado nas quartas, e no início do Brasileiro - depois, precisou voltar ao CSKA, da Rússia, e mesmo assim manteve-se como o maior goleador rubro-negro na temporada, com 23 gols. Mas faltou o algo mais, que o atacante ainda promete.

- Lembro que no ano passado, quando vim para a pelada, a transação já estava bem encaminhada, só que eu não podia falar nada. Tinha que ter a liberação do CSKA para o empréstimo. Mas Papai Noel me deu um presentão e pude acertar com o Flamengo. Foi uma passagem maravilhosa a que tive no clube. Queria pode ter feito mais, ter continuado, conquistado o título, que faltou. Nem que fosse o Carioca. Isso ainda vai acontecer mais para a frente, com certeza. Mas não agora...


Love reencontra o amigo Egidio, dos tempos do Fla, na pelada que joga há dez anos no sítio do amigo tricolor Nilson Fernandes, que pintou no muro o tricampeonato brasileiro (Foto: Márcio Mará / Globoesporte.com)Love afirma que não houve contato nenhum com o Flamengo desde que retornou ao Rio, de férias. Mas, mesmo que isso tivesse ocorrido, dificilmente ele seria liberado pelo clube russo. A boa participação após o retorno no meio da temporada de 2010 aliado à importância que terá em 2011 inviabiliza o negócio.

- A volta agora para o Flamengo é bem difícil. Ano que vem tem o centenário do CSKA, Liga Europa, Champions League. Vamos ver mais para frente se consigo retornar. Agora, o objetivo é continuar fazendo um ótimo trabalho por lá. Mas no dia em que eu tiver que voltar para o Brasil, será, com certeza, para o Flamengo. Para mim, não tem outra equipe não.

Mas, enquanto não volta, o jogador curte a boa fase na Rússia. A temporada 2010 foi maravilhosa. Chegou à marca de 100 gols e 200 jogos com a camisa do CSKA e foi decisivo para a classificação do clube à Liga Europa e os grupos da próxima Liga dos Campeões. Nada que precisasse mudar. Mas no Rio, com a camisa do time de coração, se Love tivesse o poder de voltar ao passado, certamente iria à partida pelas quartas da Libertadores para fazer o gol dos sonhos.

- Teve um lance, contra o Universidad de Chile, no Maracanã, quando dominei uma bola dentro da área... Infelizmente, eu bati por cima do gol. Foi ainda no primeiro tempo. Acho que estava 1 a 0 ou 1 a 1. Aquele gol mudaria a história do jogo e a nossa trajetória na Libertadores - lamentou Vagner Love, que saiu derrotado naquele dia por 3 a 2.

Ao fazer a seleção dos melhores momentos pelo Rubro-Negro, Vagner Love, que na pelada teve a companhia do lateral-esquerdo Egídio, de volta ao Fla, e de Everton Silva, cujo empréstimo para a Ponte Preta acabou no fim do ano, falou do jogo inesquecível e de outros emocionantes.

- A estreia pelo time de coração, contra o Bangu, foi marcante. Fazer dois gols, ganhar a partida... Vai ficar para sempre na minha lembrança. Mas houve outros momentos especiais. Contra o Corinthians, pela Libertadores, quando marquei o gol da classificação. E aquele 5 a 3 no Fla-Flu foi sensacional, do jeito como viramos e ganhamos, um dos melhores jogoss deste ano, sem dúvida.

Torcida por Fla e Adriano


A fraca campanha do Flamengo no Brasileiro preocupou Love, que vibrou como um torcedor rubro-negro comum ao ver o time escapar definitivamente do rebaixamento para a Série B.

- Gostaria de estar junto, ajudando, mas infelizmente não pude. Mas torci bastante de longe para os amigos que deixei no clube. Assisti a alguns jogos. Contra o Fluminense, o Avaí, o Atlético Paranaense...

Um dos melhores amigos que fez no Flamengo foi o atacante Adriano, que está no Roma mas pode surgir em 2011 no Corinthians. Love afirmou que não tem falado com o amigo, mas não daria nenhum conselho neste momento.

- Nem me meto nisso. É ele quem vai decidir. Ninguém vai interferir em nada. Espero que seja muito feliz, se recupere e seja aquele Adriano que a gente conhece.

Amigo tricolor


Quando chegou ao churrasco, Love se deparou com a pintura no muro do campo do tricolor anfitrião da festa, o corretor Nilson Fernandes. "Fluminense, tricampeão brasileiro 70/84/10."

- O Nilson já botou pilha de tricampeão. Mas tudo bem. É um cara especial, nos conhecemos há muitos anos, eu era pequeno, já jogava as minhas peladinhas em Bangu. Faz essa confraternização todo ano. É maravilhoso estar aqui. E o Fluminense mereceu o título. Estava torcendo muito pelo Muricy, pela pessoa que ele é, por eu ter trabalhado com ele. Sempre fui muito respeitado e o respeitei muito - afirmou o atacante, que ainda curtirá mais o Rio antes de voltar à Rússia.

Por: Márcio Mará

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